sábado, 8 de agosto de 2015

Tudo por um futuro melhor

O que leva um esquerdista a defender o PT?
Acontece quando uma cadeia de informações enganosas aparentemente lógicas se transforma num pacote de verdades inquestionáveis (sim, isso é lavagem cerebral).
São muitas as mentiras em que os esquerdistas acreditam, corroboradas por outras e outras. Tudo parece fazer total sentido e sair disso exige vontade, inteligência e independência de pensamento. Tem que conseguir olhar para o que o outro lado diz. Mas quem vai ter vontade de fazer esforço pra entender alguma coisa que já odeia? O pessoal da esquerda aprendeu que conservadorismo é uma coisa inquestionavelmente execrável. Associam falsamente conservadorismo a autoritarismo, ditadura e nazismo/fascismo a capitalismo. Acreditam que capitalista só pensa em ganhar dinheiro e adora explorar o próximo pra ficar por cima, enxergando-o como o grande vilão que só pensa em si. Acreditam que a desigualdade social é a origem de todos os males da sociedade e com isso passam a buscar o oposto, partindo para a defesa de um igualitarismo que não existe e nunca vai existir porque é impraticável. Passam, com isso, a viver de esperança, recusando o passado porque o passado produziu o mundo injusto que temos hoje e recusar o passado é se rebelar contra toda essa injustiça quando, pelo contrário, aceitar o que o passado trouxe é ser cúmplice do mal. O único jeito de ser bom é condenar o sistema e sonhar com uma sociedade mais justa (como se igualdade tivesse algo a ver com justiça). Resta, então, o futuro, o sonho, a esperança. E sempre como um pacote, ou seja, tudo o que vem do passado ou que com ele se relaciona é ruim e tudo o que vem do futuro ou que com ele se relaciona é bom. A partir dessas crenças, temos assim a mente revolucionária. E como a direita é do mal e a esquerda é do bem, o PT então só pode ser um partido legal, porque defende os oprimidos e se arroga como o partido da revolução (não importando o que se proponha, o importante é recusar o que existe hoje e dizer não ao sistema). Ao não questionar todas essas idéias, o cérebro do esquerdista passa a buscar respostas alternativas não contraditórias a esses pensamentos, encontrando sempre um jeito de validar o que está errado ou criar uma dissidência incorrupta que defenda as mesmas idéias (alguém pensou no PSOL?) - até que ela se corrompa e então se crie uma nova dissidência (e outra e outra). Já quando o esquerdista não se torna dissidente e insiste em defender o que sempre apoiou, parte para os mecanismos de validação. Por exemplo, dizer que corruptos foram condenados sem provas (sem se dar ao trabalho de conhecer mais a fundo os autos dos processos) ou pensar que o PT rouba mas o PSDB também (como se só existissem 2 partidos e como se a direita gostasse do PSDB e este não fosse de esquerda), portanto um fator deve anular o outro, como numa equação matemática. É o mesmo sentido do "rouba mas faz", quando já se assumiu que o roubo é inevitável e passa-se a admitir o roubo em prol de uma causa boa, que é a defesa dos oprimidos. "Rouba, mas faz o bem" - essa é a nova versão da clássica frase... porque tudo tem que se renovar, né?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

CONTROLE DE OPINIÃO - UM BOM EXEMPLO