quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A Subversão

Nos anos 60 e 70 era comum ouvir falar em subversão, mas hoje essa é uma palavra que caiu bastante em desuso. Isso é muito curioso, pois parece que o seu significado se perdeu: é como se nunca tivesse existido. Talvez porque a grande maioria nunca tenha tido noção do que isso realmente significa. Nos dias de hoje, a subversão recebe a pecha de teoria conspiratória mas, para quem resolve observar melhor, ela é muito mais que isso. Observar não é fácil, porém, porque as informações não vêm reunidas e não chegam a nós, então precisamos ter o trabalho de buscar os fatos e ligar os pontos. Isso requer um pouco de dedicação e atenção ao assunto, o que poucos se propõem a fazer, principalmente quando se vêem diante de um assunto que parece não merecer credibilidade alguma. E diante dessa pouca credibilidade é necessário ir contra o que seria natural: ao invés de "deixar pra lá", é o momento de lançar mão de um olhar especialmente mais apurado e perspicaz para entender que isso não é qualquer bobeira. É necessário também abaixar as guardas do preconceito contra o que aparenta ser mera especulação de quem não tem o que fazer... porque as aparências enganam. Para uma mente "dura", o contato com a informação pode ser inútil, então direciono esta postagem aos que lêem isto com a mente limpa, livre de preconceitos e amarras. Para essas pessoas, deixo minha colaboração. Aqui está o "caminho das pedras", bastante facilitado: é só clicar nos links e prestar um pouco de atenção. A seleção é especial: os primeiros links têm como fonte os próprios agentes do processo. Coisa fina, aproveite. 

Veja o que Lula fala sobre organizar a sociedade socialista aqui (atenção especial ao trecho destacado em rosa): http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2015/08/com-palavra-lula.html?m=1.

No vídeo comentado acima, Lula fala de Walesa. Aqui, o mesmo Walesa confirma que Lula quer socializar o Brasil: https://youtu.be/ub4Yvqn4m0I.

O plano para socializar um país se chama subversão e isso é explicado por Yuri Bezmenov (Thomas Shuman). Você pode ver um trecho da palestra aqui https://youtu.be/COz6B_G6EFk, onde ele fala do que é subversão, mas vale a pena ver o vídeo completo, que tem 2h30: https://youtu.be/d0fTJqeRXCE). Em alguns momentos, no vídeo completo, ele se refere mais especificamente aos Estados Unidos, mas o que ele fala do processo de subversão se aplica a qualquer país. 

Uma das coisas que a subversão almeja é a conquista da hegemonia, comentada aqui por Stedile: http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2016/01/stedile-explica-hegemonia.html?m=1 e explicada aqui: http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2016/01/hegemonia.html?m=1.

Um grande marco do início da estratégia é o seguinte evento (se você for parar para ouvir pelo menos alguns trechos do que eles falam nessas palestras, irá entender): 1o ENCONTRO DO FORO DE SÃO PAULO - 1990: http://www.youtube.com/playlist?list=PLpLoSKSqjCl1u4O6XYK2hw5b5g-jsDe-N.

Aqui, Lula reconhece a importância do Foro de São Paulo como instrumento de conquista do poder pelos partidos de esquerda na América Latina (atenção aos 4:45 min):  https://www.youtube.com/watch?v=pzNIz64UHfo.
Outro trecho da mesma palestra: https://www.youtube.com/watch?v=p16FQQtRhiA
Aqui ele também faz comentários interessantes sobre o Foro (início aos 00:20): https://www.youtube.com/watch?v=5BUDuJwQnFI
Podemos observar que há não muito tempo, em 2006, o Foro de São Paulo era tratado como algo fantasioso, até mesmo por jornalistas famosos como Boris Casoy. E Lula, descaradamente, mentia sobre o fato: https://www.youtube.com/watch?v=qMqH3DRDjCs

O processo de socialização não acorre apenas no Brasil. Uma boa explicação geral, com foco nos Estados Unidos, pode ser vista no documentário Agenda: https://youtu.be/I0Aq5SQrIEg.

Na Europa também ocorre a famigerada subversão, inclusive foi esse o motivo que levou o norueguês Anders Breivik a cometer sua loucura terrorista em 2011. Foi um ato absurdo e reprovável, mas suas motivações não foram fruto de demência e passam longe do que à época foi considerado delírio conspiratório. Ele havia escrito um longo manifesto a respeito do multiculturalismo na Europa, alertando para a ameaça islâmica e comentando sobre a influência do marxismo cultural nesse processo - o documento pode ser lido aqui https://fas.org/programs/tap/_docs/2083_-_A_European_Declaration_of_Independence.pdf.

Temos também o ótimo curso do Pe. Paulo Ricardo, que nos dá boas explicações sobre o processo de marxismo cultural empreendido em nossa sociedade como um instrumento de subversão.
https://www.youtube.com/watch?v=FJi7CugwzVw&list=PLpLoSKSqjCl2HVqxl91YJT7DvjdXik-7a

Para entender o cenário político dos nossos dias atuais, deixo abaixo dois vídeos do publicitário Silvio Medeiros que recomendo muito. A primeira palestra é sobre a guerra política de David Horowitz https://www.youtube.com/ e a segunda é sobre o livro de Saul Alinsky (Regras para Radicais), onde Silvio Medeiros faz comentários muito interessantes, com diversas implicações que nos ajudam a entender as circunstâncias que embasam os assuntos dos links acima: https://www.youtube.com/watch?v=i11taVO1hIY

Essas são as linhas gerais, que nos possibilitam ter uma idéia do acontece no mundo hoje. Bom proveito e espero que lhe seja útil.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Destruindo um difamador descerebrado

Existe um vídeo bastante difamatório de Olavo de Carvalho que circula pela internet como uma espécie de troféu dos detratores oficiais do professor, que se chama “Aprendendo Física com Olavo”.
Resolvi ver com atenção para tentar entender onde estão as idiotices que tanto dizem que ele diz, e foi então que percebi o grau da falta de noção. Como o absurdo é muito grande, fiz uma resenha para deixar registrada a dimensão da estupidez (ou da maldade). Eis o vídeo:




(Obs.: o vídeo foi retirado, então deixo um link aqui - os tempos mencionados a abaixo podem ter alterado um pouco:
https://youtu.be/fcqvF27sahI )

Recomendo que veja primeiro e construa suas impressões. Provavelmente, você será levado a concordar com o comentarista. Dificilmente você detectará as falácias. Eu mesma não as percebi na primeira vez em que vi. Em seguida, leia abaixo os absurdos lógicos e os malabarismos intelectuais que o descerebrado rapaz que comenta o vídeo faz. Chega a ser inacreditável.

Olavo inicia comentando sobre a carta de Alexander von Humboldt (aos 0:45), em que se refere não a uma verdade científica atual mas aos conhecimentos científicos que havia até então à época, ou seja, anteriores à carta. Ele se refere inicialmente à Física Moderna mas fala das bases dela, portanto ao se referir a essas bases é natural comentar sobre fatos passados. O comentário do rapaz do vídeo (aos 0:50) já começa com uma mentira absurda dizendo que Olavo tenta derrubar a Física MODERNA. Olavo não tenta derrubar Física Moderna alguma, apenas explica que algumas teorias foram estabelecidas como verdades sem terem sido comprovadas, tornando-se bases da Física Moderna como se fossem indiscutíveis. A questão é que não poderiam ser tratadas como verdades indiscutíveis pois sem comprovação não se pode considerar uma teoria como indiscutível. Olavo não falou nada de errado e o que o rapaz diz é um completo descalabro pois distorce tudo o que ele falou.

Sobre Einstein, em seguida (1:08 - 2:05), Olavo comenta que o cientista teria mudado a Física para explicar um fenômeno que se observa, só para admitir o heliocentrismo. Mas se é um absurdo tão grande, o comentarista deveria ter negado essa idéia, mas não negou. O que ele fez foi enrolar, pois disse que VOLTAR ao sistema geocêntrico significaria causar uma alteração drástica à Física da época (2:15). Mas alguém falou em voltar ao sistema geocêntrico? O que uma coisa tem a ver com a outra? Ele não usou NENHUM argumento para demonstrar que Olavo falou alguma coisa errada, pois o professor apenas afirma que Einstein mudou a Física para admitir o heliocentrismo (o que não significa que o heliocentrismo esteja errado e nem que o geocentrismo esteja certo - isso não é uma defesa do geocentrismo e nem mesmo uma negação do heliocentrismo) e isso o comentarista descerebrado não nega, e ainda concorda dizendo que foi uma atitude um tanto ousada de Einstein. Aos inteligentes, fica a pergunta: onde está o absurdo que Olavo teria falado? E por que o comentarista, que se diz grande conhecedor do assunto, não negou a afirmação de Olavo (e ainda concordou)?

Avançando, Olavo comenta sobre o espaço curvo (2:25-2:52). Não há nenhum absurdo no que Olavo diz, pois a idéia de que o espaço possa ser curvo é absolutamente questionável. Segundo um comentário publicado pelo próprio Olavo, se o espaço é o vazio, como pode um vazio ter forma? Não nos parece um absurdo lógico pela própria definição dos conceitos envolvidos? Isso é Filosofia da Ciência e Olavo não é o único a questionar. E isso não tem nada a ver com refutar Einstein, como os detratores querem nos fazer crer. E a explicação que o rapaz dá em seguida não é nem um pouco convincente pois a medição dos ângulos de um triângulo resultando abaixo ou acima de 180 graus apenas prova que a figura tem uma forma curva, mas não que o espaço que ela ocupa seja curvo. Não há nenhuma refutação a nada. O rapaz termina comentando que isso não é nada novo e já se sabe há pelo menos uns 150 anos. TÁ… E?? Olavo havia dito que isso é novidade?? Esse tipo de comentário é manipulatório porque quando uma pessoa mais sugestionável ouve esse tipo de coisa acaba entendendo que é uma negação ao que foi dito anteriormente e nem sempre volta para conferir se ouviu isso mesmo, então a mensagem que fica é a da negação diante de uma suposta afirmação que Olavo teria feito. E novamente, Olavo não disse nada de errado.

Prosseguindo, quando ele fala sobre as diferentes idades na teoria da relatividade (3:55) eu não sei se está errado mas se estiver, ok, é um erro. Devemos desmerecer tudo o que Olavo diz ou escreve porque comentou um detalhe ou outro que estivesse errado (se é que o fez)? Sobre erros, vejamos o que Olavo comenta:

“Vocês sabem quantos erros, uns bobocas, outros graves, foram encontrados na obra escrita de Albert Einstein? Não vou contar. Vou deixar a putada espalhar por aí que EU me gabei ter encontrado erros na obra de Einstein. Depois eu conto quem encontrou. 
By the way, ninguém jamais negou valor ao trabalho de Einstein por isso.”
http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/14926-diario-filosofico-do-olavo-a-suma-das-hienas-tuma-jr-e-uma-aula-do-seminario-de-filosofia.html

Em seguida (4:06), Olavo fala de teorias que nunca foram provadas e o comentarista do vídeo responde com mais uma falha lógica (e ainda diz que o burro é o professor), apresentando equipamentos que foram produzidos com o uso das teorias. Bem, esses equipamentos não provam que a teoria está correta, apenas atestam o efeito de uma causa não necessariamente explicada pela teoria. E não se pode pensar que com isso a teoria é errada também mas que pode haver uma outra explicação para o efeito. É uma questão que permanece em aberto, não havendo a recusa da teoria, assim como não havendo também sua confirmação por evidências. Então esse é mais um ponto que a Filosofia da Ciência coloca em questão, o que é comentado por Olavo e também não tem nada de mais. E Filosofia da Ciência é isso: questionar.

Em seguida (04:26 - 4:40), Olavo diz que no confronto entre geocentrismo e heliocentrismo não existe nenhuma prova definitiva nem de um lado e nem de outro e ambos podem ser usados como referência. Como resposta, o brilhante comentarista defende a idéia de que o referencial inercial (que seria o heliocentrismo) é mais FÁCIL de ser usado. SIM, E…? Olavo estava falando que um é mais fácil que outro? Em seguida, a pérola… ele lança a pergunta a Olavo (5:00): “E vc tem coragem de dizer que não existe nenhuma evidência contra o geocentrismo?” IMPRESSIONANTE… a distorção que ele faz é inacreditável. Em algum momento Olavo falou que existe alguma evidência contra o geocentrismo? O que o professor afirma é justamente o contrário, pois diz que o geocentrismo é um referencial tão válido quando o heliocentrismo (note: ele falou que é tão válido quanto; não falou que é melhor ou mais fácil ou mais difícil). Outro detalhe: ele fala em referencial. Ele não está falando que a terra pode girar em torno do sol e o sol girar em torno da terra ao mesmo tempo, mas que se pode tomar um ou outro sistema como referência - o que o "brilhante" difamador não nega.

Sobre a questão, deixemos que o próprio Olavo esclareça:
“Os anti-olavistas em atividade não têm a mínima idéia do que se passa no debate científico internacional e por isso não sabem que as leis científicas que aprenderam no ginásio continuam sendo discutidas, contestadas e aperfeiçoadas no mundo civilizado. Imaginam que elas são verdades definitivas das quais só um louco ousaria duvidar. Para complicar mais as coisas, eles não conhecem duas regras elementares de lógica, segundo as quais (1) negar uma afirmação não é afirmar a sua oposta e (2) negar as provas de uma afirmação não é negar a afirmação mesma. Assim, pois, se digo que não há provas cabais do heliocentrismo e que a questão continua em discussão, concluem que estou defendendo o geocentrismo e, pior, fazendo-o contra todo o consenso cientítico atual. E, se digo que a teoria de Newton se baseia em premissas metafísicas que em si mesmas são impossíveis de provar (espaço e tempo absolutos), concluem que “refutei a lei da gravidade” e que portanto sou um doido. Soma-se a isso a compulsão irresistível de dar sentido absoluto a afirmações relativas, ou de atribuir a mim a autoria de notícias que simplesmente retransmiti de passagem, e tem-se então o panorama completo da mentalidade anti-olavista, ela mesma, talvez, o mais nítido sintoma da estupidez nacional.” Ass.: Olavo de Carvalho (em http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/cultura/olavo-tem-razao-parabens-professor/)

Sobre outras difamações, Olavo escreve:
“Paulo Briguet,
Obrigadíssimo por lembrar aos meus críticos a obrigação número um de qualquer crítico: Ler o autor criticado. Mas a loucura imperante nos círculos universitários brasileiros chegou a tal ponto que essa sugestão soa a muitos ouvidos como uma provocação e um insulto intoleráveis. Que importância, afinal, podem ter quinze livros publicados e vinte mil páginas de apostilas, em comparação com uma notícia imprecisa de menos de um minuto colhida num programa de rádio? O que já se disse e se escreveu sobre esse caso da Pepsi dá a impressão de que toda a minha obra é um vasto tratado de pepsicologia, de que nunca fiz nada na vida exceto abrir latas de Pepsi para ver se havia bebês lá dentro. Além, é claro -- admite-se -- de ler mapas astrais. A simples desproporção entre o tamanho da obra e a miudeza dos detalhes isolados a que esses críticos consagram uma atenção obsessiva já mostra, neles, uma mesquinharia que se avizinha da loucura, da mania, da alucinação completa, e basta para fazer deles os tipos caricatos que são. E o fato de que alguém lhes conceda a honra de um minuto de audição mostra que a platéia não é melhor que o espetáculo. Pepsicólogos, com toda a evidência, são eles, e sua audiência um bando de pepsicóticos."
http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/14926-diario-filosofico-do-olavo-a-suma-das-hienas-tuma-jr-e-uma-aula-do-seminario-de-filosofia.html

Enfim... mais uma vez tentam difamar o Olavo de forma forçada, com argumentos ridículos e falaciosos. É triste.

A falácia do espantalho: no recorte da fala

Uma coisa bastante importante que vejo ser muito desprezada é a arte de interpretar informações de acordo com o contexto em que se diz as coisas. Por exemplo:
Se eu leio em algum lugar que o tirano X foi um grande ditador, há diferentes formas de entender isso:
1 - No contexto do que se define como bom governante (uma definição mais absoluta):  grande pessoa,  bem intencionado, honesto, bom gestor, que governa para o bem de sua nação e seu povo, de modo a evitar seu sofrimento etc, enfim, um estadista, um grande ditador.
2 - No contexto do destaque na história (uma definição mais relativa): são os ditadores que mais se destacaram, ainda que tenham sido péssimos, como Mao, Stalin, Hitler e Pol Pot. São os grandes ditadores da História.
Muitas vezes, falamos coisas que só têm sentido em um contexto específico que está dentro de nossa visão (p. ex. no caso 1 acima) e a pessoa que ouve entende a informação em um contexto que vem de outra visão que ela está tendo (p. ex. em 2). Existem muitas formas diferentes de olhar as coisas, que variam inclusive de acordo com o momento e o jeito de quem fala. P. ex., quando brincamos, como ao dizer que João Gordo é uma grande pessoa, fica nítido quando é uma ironia, ao vermos o tom e o jeito da fala. O problema é que numa discussão nem sempre é tão simples detectar o sentido das palavras e frases. Às vezes algo que ouvimos ou lemos nos leva a interpretar de um jeito que nos faz pensar mal de quem fala, mas deveríamos sempre desconfiar de uma segunda interpretação. O exercício é fornecer a nós mesmos uma alternativa que daria uma outra explicação ao que é dito. Como ouvir alguém falando que Mao foi um grande ditador; neste caso, devemos pensar: grande em que sentido? Olhando para quem fala, se for alguém de direita, a interpretação certamente deverá ser no sentido comparativo (item 2 acima), então se aquilo se encaixa no contexto do que a pessoa está dizendo (e geralmente a hipótese se confirma assim), consideramos que ela falou no sentido 2. Em vários casos pode haver dúvida, então basta questionar em que sentido a pessoa falou. O que vejo acontecer muitas vezes é uma IMENSA má vontade ou falta de noção de que é necessário sempre fazer esse exercício de interpretação alternativa.
Existe sempre a tendência, parece-me que nas pessoas em geral, de tentar enquadrar tudo o que se ouve em uma visão estática e própria das coisas. É um problema comum, que a sociedade já deveria ter solucionado, ou seja, isso deveria ser ensinado nas escolas ou em família, ou entre amigos, passado de pessoa pra pessoa... mas não se fala nisso. Essa é uma forma importante de abordar a informação que evita muitos conflitos, muitas más interpretações, muitos problemas, enfim... tanto na vida pessoal como na profissional.  Quantas amizades, namoros, casamentos e carreiras são destruídos por essa anomalia lógica da compreensão? Sou da teoria de que ninguém no mundo jamais escapou ileso desse fenômeno; seja como vítima, seja como agente.

OBAMA, MOSTRE OS DOCUMENTOS


Trump mandando ver... uhul.



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Estamos em Cuba

Vcs devem estar lembrados daquela recepção “calorosa” que Stedile, líder do MST, recebeu ao desembarcar no aeroporto de Fortaleza, quando gritavam a todo pulmão: “volta pra Cuba!”. Dias depois eu vi um vídeo em que ele dava sua resposta ao acontecido, dizendo que já estamos lá. Na época eu não entendi, mas essa idéia de já estarmos em Cuba ficou na minha cabeça e começou a fazer mais sentido tempos depois, quando li algumas coisas sobre o quanto é lenta a tentativa de passagem do capitalismo para o comunismo. Realmente, é muito fantasioso pensar que um país se torna comunista da noite para o dia. Não, o processo leva décadas. Leva gerações. (O que não significa que promete êxito: é sempre um experimento.) Também é comum os líderes não dizerem o que pretendem, como Fidel que, quando assumiu o governo, não revelou que era comunista (dizem que é porque se tornou comunista depois, mas não sei se isso foi confirmado). Stalin também fez o mesmo. Na URSS, após a Revolução Russa, a economia continuou a ser levada normalmente, como fez também o PT ao assumir o poder, inclusive no governo petista as políticas de FHC permaneceram as mesmas durante boa parte da década de 2000. Mas é natural, pois um país caminha para o comunismo muito aos poucos, com a mudança gradual de leis e instituições, com o aumento gradativo de impostos (num processo de décadas também) e o que mais fizer parte do planejamento a longo prazo que é traçado. Sendo assim, não é difícil imaginar que o Brasil já seja uma Cuba, pois nesse sentido já estamos de certa forma no comunismo, em fase de transição, avançando a passos bastante lentos como é normal acontecer. Eu vejo as pessoas dizendo que o PT traiu o movimento e que virou à direita, mas podemos pensar que é exatamente o contrário. Pena que muitos não consigam ter uma visão assim a longo prazo, pois apenas olham o espectro dos dias atuais, com uma perspectiva histórica que retrocede a poucos anos e avança talvez no máximo meses ou muito às vezes meia década, raramente mais que isso. Seria muito importante que a história da URSS (e outros países também) fosse mais conhecida e estudada por todos, pois isso possibilitaria à população ter uma noção do processo que tudo indica estar acontecendo no Brasil )não de forma idêntica, claro, pois em cada lugar eles fazem sempre um experimento diferente).


Muitos comunistas podem vir a pensar que isso é bom, pois agora estamos indo em direção ao sonho da tomada dos meios de produção pelo povo. Não, nada disso. Isso significa que estamos indo em direção a um quarto escuro onde alguém deverá atirar sem saber pra onde. Estamos nas mãos dos irresponsáveis de sempre, que mais uma vez farão do país um experimento, assim como estão fazendo com a Venezuela e fizeram com todos os outros países que experimentaram e experimentam o Comunismo, sempre num processo de muito sofrimento para o povo. Temo pelo Brasil e pelas crianças que nascem nos dias de hoje, como também pelos futuros idosos e talvez nisso incluindo eu. E se for isso mesmo, é muito lamentável... o Brasil será destruído e pra reconstruir tudo novamente levará talvez um século inteiro. Se o povo não acordar a tempo.

***

Um dos discursos que ficaram marcados em minha memória e do qual sempre me lembro quando penso nessa situação que tão poucos entendem (alguns milhares frente aos 204 milhões de brasileiros) é o de Cliff Kincaid no Conclave de Washington, realizado em março de 2015. A preocupação que ele demonstra é o retrato do abismo que há entre o perigo que ele vê e o amplo desconhecimento da população sobre esse assunto tão importante. Um vídeo para ouvir e sentir.



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