segunda-feira, 27 de abril de 2015

Acho complicado (Uma pequena ilustração)

No meio de uma discussão, a pessoa fala:
-Mas tem que ter lógica pra discutir.
Aí a outra pessoa responde:
-Mas eu tenho lógica.
-Mas vc vive falando um monte de falácias.
-Vc já leu algum livro de lógica?
-Por que a pergunta?
-Já leu algum?
-Tá bom, já, li um livro chamado "Raciocínio Lógico Matemático".
-Ah, de qual autor?
-Sei lá, não interessa...
-Pois eu li dois.
-Ah, dois?
-Sim, dois, de Aristóteles.

(Facepalm)


https://www.youtube.com/watch?v=pQ4vwJFp4cQ&list=PL7298E65F62E9A957



quarta-feira, 1 de abril de 2015

Tenho melhorado em meus esforços de disciplinar-me a aproveitar melhor o tempo, mas ainda preciso me esforçar bastante. Manter tudo em ordem demanda muita ordem - ordem, de mandar em mim mesma. Demanda também força para obedecer. A disciplina exige a dura decisão de praticar um autoautoritarismo muito bem delineado. Para quem não a tem naturalmente, é uma decisão difícil de realizar. Fácil é querer praticá-la, pois desde a infância todo mundo sabe que ter disciplina é importante, muitos a querem. Mas entre querer por sabê-la importante e querer por sentir sua real necessidade há um abismo. Sim, há um abismo entre o entendimento raso e o entendimento profundo da verdadeira necessidade de se ter disciplina. São quereres diferentes. Chega um momento em que percebemos que sem ela a vida escorre por entre os dedos como a areia que escorre por uma ampulheta.  Conseguir obededer-se a si é uma vitória dos Grandes. E aí entendemos que a pior rebeldia é aquela que praticamos contra nós mesmos.

Com disciplina, passo a ter mais tempo para buscar as coisas que quero buscar. E são tantas coisas... entre elas, a vontade de ter uma posição política. Não essa posição fácil que qualquer um assume com base em coisas que não se sabe bem. Digo posicionar-me com conhecimento de causa, que é a única forma realmente válida de alguém se posicionar. Posicionar-me a respeito de várias coisas, como essa coisa de direita e esquerda. Quanto a isto, até hoje não o fiz por absoluta falta de conhecimento e reflexão a respeito. Chato. Essa ignorância me incomoda, então, tive que incluir isso na pauta da minha grade disciplinar.  Ontem vi um vídeo do Roda Viva de Roberto Campos (dos anos 90), tentando entender o que pensa um neoliberalista do tipo que beira o fanático. Pude apreender algumas coisas interessantes. É de se pensar que o golpe militar instituiu uma ditadura que preveniu o país de uma outra ditadura que seria pior*. E havia sério risco de que isso fosse acontecer, tal como aconteceu em Cuba. Foram cometidas muitas atrocidades, quanto a isso não houve comentários, mas o golpe militar, em si, não vejo como algo que tenha sido negativo para o país. O que não deixo de condenar são os métodos que foram utilizados. Não precisava matar as pessoas. Não precisava haver violência, precisava?

Bem, hoje comecei a ver o vídeo da Marilena Chauí no Roda Viva (o de 1999), tentando entender um pouco o que pensa uma pessoa de esquerda com boa representatividade na sociedade. Vi os primeiros 10 minutos mas não consegui me concentrar. Começo a pensar em outras coisas, preocupar-me com os afazeres. É que hoje o meu tempo não está dividido. Eu deveria estar com esse tempo reservado para isso, como deveria estar com o tempo reservado para resolver as outras coisas e hoje não fiz o planejamento. Então dá nisso...  fico pensando no que há para fazer e levo meia hora para ver 10 minutos porque tenho que ficar voltando, pois não me concentro. Ok, vou cuidar dos afazeres. Fazer a agenda, dividir o tempo. Não adianta mesmo tentar de outra forma, só funciona com disciplina militar (por falar em golpe...)

A terminar de ver...

https://www.youtube.com/watch?v=Q6_IoIlqc6A


*A se pensar nesses diferentes tipos de ditadura. A de Cuba não deu certo porque ocorreram os embargos (questões externas) ou porque o sistema é ruim mesmo, por problemas internos? No Brasil, um golpe comunista seria pior, sem dúvida, por questão de força externa - estaríamos sofrendo as consequências dos embargos, como hoje sofrem Cuba e Venezuela. Então, tem-se que pensar em direita e esquerda pelo prisma da ideologia mas também pelo prisma das questões práticas. O mundo caminha junto, estamos inseridos nele e dentro disso há as escolhas. O nosso posicionamento político também deve levar isso em conta, não?


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