terça-feira, 29 de setembro de 2015

10 Livros que Estragaram o Mundo

Eu ri.



Aqui a resenha
http://reaconaria.org/resenha/10-livros-que-estragaram-o-mundo-e-outros-cinco-que-nao-ajudaram-em-nada-de-benjamin-wiker/

Um comparativo: José Monir e Paulo Freire

Aproveito para traçar um paralelo que faz tempo que estou pra fazer. Outro dia, quando vi o Monir falando sobre o Trivium, lembrei-me daquela palestra do Paulo Freire na USP e resolvi deixar aqui a minha impressão. Não pude deixar de comparar os dois: o Monir fala com propriedade, tem arcabouço, emana inteligência e capacidade desenvolvida na articulação do pensamento. Já o Paulo Freire articula mal as idéias e me parece um amador, parece carecer de um maior arcabouço intelectual (não é o que se esperaria de alguém encarregado de cuidar das diretrizes educacionais de um país?) e aparenta ser apenas um senhor interessado no bem-estar social da humanidade, alguém que alguém colocou ali porque desempenharia o papel adequado de pessoa carismática que conquista a simpatia de todos por onde passa, com sua humildade despretensiosa e humana, demasiado humana a ponto de me parecer isso e somente isso, como a imagem de um senhor que vemos tomando sol em um banco da praça, em um dia qualquer de verão.
Por que faço esse comparativo? Porque acho emblemático. O Paulo Freire é cria de uma ideologia baseada em uma concepção forçada de igualitarismo entre as pessoas e na negação da idéia de superioridade de qualquer tipo. É como se o fato de alguém ser mais inteligente fosse um pecado ideológico. Podemos dizer que Paulo Freire é fruto da filosofia do nivelamento por baixo. Já o Monir é produto de um pensamento que não vê a elevação pessoal como algo injusto, mas de uma condição natural que reflete a realidade e que não precisa ser recusado ou ignorado, mas aproveitado. É como se ele fosse um fruto da filosofia do não nivelamento, ou seja, da aceitação da desigualdade. Bem, a realidade é desigual, né? Não deixo de reconhecer que a vida é assim, e de reparar no que ela faz com as pessoas.

Falo das seguintes palestras:

O Trivium - José Monir Nasser


Prof. Paulo Freire


Essa comparação é um exercício interessante que podemos fazer com diversas pessoas. A própria Dilma é uma boa referência: como pode uma pessoa como ela ser Presidente, tão obviamente despreparada para ocupar o cargo que ocupa? Veja a Carly Fiorina, a Angela Merkel... são de outro nível. Um Partido decente jamais a indicaria para ser candidata.
É interessante também fazer essa comparação na leitura de textos e livros. Pegar esses filósofos consagrados e ver se o que escreveram faz sentido. Tem muita gente que merece deixar de ser endeusada, assim como tem muita gente que mereceria ter sua obra incluída no estudo das Universidades.
O mundo é injusto... mas nem por isso devemos ficar cegos e alienados por referências restritas.

***
(Falar nisso, http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2015/09/10-livros-que-estragaram-o-mundo.html)

A agenda avança (6)

Como as pessoas mudam... vejam só. 

1 - Obama antes de 'agendar' suas idéias

2 -  5 matérias do Brasil247 antes de vender suas idéias ao PT
http://reaconaria.org/blog/reacablog/5-materias-do-brasil-247-antes-dos-contatos-com-o-petrolao/

3 - Felipe Neto antes e depois de vender suas idéias à Globo (logo no segundo minuto):

4 - Dilma e o aborto: desagendamento
http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/10/saiba-o-que-dilma-serra-e-marina-ja-disseram-sobre-o-aborto.html
Ela tinha um discurso confuso antes, não afirmava claramente que apoiava o aborto mas dava a entender que sim e depois passou a dizer que não apóia 'pessoalmente'. Bem, ela passou a ser claramente contra e isso é não é favorável à agenda, o que seria estranho em tese, se não houvesse uma explicação. O que explica é a estratégia das tesouras; agora Dilma precisa desagradar os movimentos sociais e assumir o lado negro da força (http://www.institutoliberal.org.br/blog/verdadeira-estrategia-das-tesouras-o-caso-dilma-x-pt/).


***
  
Parte 7 -  http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2015/09/matrix-tambem-e-maquiagem.html
Matrix Também é Maquiagem



Roteiro de leitura
http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2015/09/um-roteiro-para-leitura-deste-singelo.html


***

Se vc desconhece a Agenda, veja esse filme!
https://www.youtube.com/watch?v=7UabbL4g46E

Se tiver um tempinho sobrando, aproveite para conhecer Yuri Bezmenov:
https://www.youtube.com/watch?v=d0fTJqeRXCE 


***


Encontrando mais comparativos, vou atualizando aqui.

Liberdade de verdade - novos ares

http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/filosofia-politica/um-dia-para-falar-de-liberdade/(ufa)

"Nesta segunda ocorreu o VI Fórum Liberdade e Democracia em Belo Horizonte, organizado pelo IFL. Como de praxe, um sucesso, e um ambiente saudável em que pessoas normais podem se sentir menos solitárias por defender valores básicos da liberdade política, econômica e individual. Ao contrário da Academia, o debate ali flui com foco nas ideias e direito ao contraditório. O politicamente correto é deixado do lado de fora, como deve ser quando se busca verdades."

"O empresário premiado foi Salim Mattar, da Localiza, talvez o maior merecedor de todos que já receberam tal homenagem. Salim é simplesmente um defensor incansável da liberdade, e fez um ótimo discurso em defesa do liberalismo, lembrando que está desde 1986 nessa batalha por menos estado e mais sociedade no Brasil."

"Pondé frisou a prisão intelectual que são hoje as universidades, onde o livre debate não ocorre."

"Lacale defendeu a democracia republicana contra os diferentes tipos de populismo, atacou o Mercosul, hoje um palco de demagogia bolivariana, e tentou resgatar a nobreza da política, lembrando que as pessoas decentes podem fazer a diferença."

"É muito refrescante sair um pouco da triste condição brasileira, de pobreza intelectual e ausência de debates sérios, para mergulhar por algumas horas em um mundo diferente, onde, por exemplo, pregar a privatização da Petrobras não é algo visto como absurdo, e sim como uma obviedade ululante. Obrigado aos organizadores do IFL e até a próxima!

Rodrigo Constantino"

Matrix também é maquiagem (7)

Tem uns defensores do Governo que adoram falar em índices e acreditam mesmo que o PT se destaca por ter feito uma gestão melhor que outras e porque tudo melhorou. É que ainda não perceberam que foi uma melhora meramente passageira e os "doces" últimos anos prometem ser bem amargos daqui pra frente. Tais defensores assemelham-se a filhos iludidos por um pai perdulário que faz empréstimos pra bancar as aparências* e começa a equipar a casa com eletrodomésticos prateados. Verdadeiros inocentes úteis, negam que existe crise, enquanto ela ainda está no começo. Quando for impossível negar (já estamos chegando lá), gritarão em coro que a culpa é da crise internacional, do Capitalismo, dos Estados Unidos. Essas pessoas são ingredientes de um ensopado amargo.



*Pai perdulário e desonesto, que diz que paga uma dívida externa a juros de 4% enquanto "esquece" de contar que efetua tal pagamento às custas de outra dívida contraída a juros maiores.
 



 ***


Estar na matrix também é acreditar em maquiagem.

***


Naranjo e o Marxismo Cultural

Roteiro de leitura

 

Imagem é tudo e linguagem também


Existem vários abismos entre o PT e a oposição. Um deles é uma coisa chamada estratégia. 

O Lula, p. ex., sempre tem um marketeiro como guru. Parece uma coisa quase religiosa. E é assim... evangélicos, quando conversam, citam salmos e versículos. Filósofos citam escritores. A oposição, às vezes, cita um ou outro economista do século passado ou retrasado. E Lula, pragmático, cita marketeiros.

***

Sempre me lembro daquele vídeo do Lula no avião. Aquela conversa revela muitas coisas,  em matéria de vários assuntos (isso vai render outras postagens por aqui). Sobre o assunto em questão, só temos a reparar, aos 5:47, como ele fala do marketeiro Duda. Sem mais.


A legenda do vídeo está ruim, então fiz uma transcrição da conversa
(Com direito a comentários, não perca)


     
   

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Sobre o costume de precisar de fatos incontestáveis para acreditar em algo

Divisão do Quebra-Cabeça

Existem diversos critérios que podem dividir as pessoas em conjuntos, a classificação é ampla. Tomemos como critério o jeito de lidar com os pensamentos e então podemos definir dois grupos:

1 - O grupo dos que não somam dados para chegar a uma conclusão (ou o fazem apenas quando é muito fácil, quase óbvio)
2 - O grupo dos que somam dados para chegar a uma conclusão (ainda quando esses dados não são muito óbvios)

Uma boa analogia para explicar isso é a analogia do quebra-cabeça: diante de um monte de peças separadas e amontoadas desordenadamente, as pessoas do grupo 1 olham uma peça e não vêem um sentido, então jogam a peça fora. Depois olham outra e, sem também encontrar sentido, jogam-na fora. E assim vão vivendo, nunca juntando as peças. Esse grupo poderia ser chamado de Exclusivo, e seus participantes seriam os exclusivos (porque não somam os dados e não detectam padrões, só vêem as informações em separado). Já as pessoas do grupo 2 pegam uma peça, olham e não vêem um sentido, mas guardam sua imagem. Pegam uma outra peça e percebem que há uma semelhança com a outra que viram, ainda que ela não se encaixe na outra. Depois de ver várias peças, percebem que existe um padrão, enxergam as conexões possíveis e desconfiam de ligações. Descobrem que uma das peças se conecta a outra e depois de um tempo, vão formando conexões e percebendo que há uma figura. Com o tempo, montam tudo. Esse grupo poderia ser chamado de Inclusivo, e seus perticipantes seriam os inclusivos, porque guardam e somam dados, para inclui-los em futuros pensamentos.

O que isso tem a ver com este blog? A teoria do quebra-cabeça explica o motivo que me fez iniciar o roteiro com esta postagem, que é uma espécie de prolegômero que tem como estrela o vídeo do Clarion. É para que tudo seja entendido com esse espírito, com um espírito inclusivo.
Vamos a Clarion!


Ele faz o vídeo para falar de ceticismo; meu ponto é outro, mas tá valendo.












Mais um pouco:

***

Pensando assim, você está pronto para seguir o roteiro... confira ;)

Roteiro

O Trivium

A-do-ro essa palestra do Monir...

R.I.P. ;(






sábado, 19 de setembro de 2015

Raio comunizador (5)

Diretamente do sítio do PC do B, a importância dos movimentos sociais como vetores de mudanças para os partidos de esquerda e suas estratégias eleitorais.
(Por vetores de mudanças, podemos entender massas de manobra...)

http://www.pcdob.org.br/texto.php?id_texto_fixo=4&id_secao=145

 "O PCdoB defende também a autonomia do movimento sindical, estudantil e popular nas lutas por seus interesses e sublinha o papel destes movimentos para impulsionar as mudanças. Assim contribuindo para a vitória do governo Lula."

http://www.pcdob.org.br/documento.php?id_documento_arquivo=340

 "d) O papel destacado dos movimentos sociais

O movimento social organizado teve papel decisivo na batalha eleitoral. Este protagonismo começou a se desenhar já no primeiro turno, especialmente por ocasião da entrada de Marina Silva na disputa. Nesta fase, a luta se acirrou e fez-se necessário um trabalho firme para demonstrar a que interesses servia a candidata da Rede-PSB.


Essa conduta da militância foi incentivada pela postura da campanha da presidenta Dilma, que rapidamente demarcou à esquerda temas caros ao movimento, como, por exemplo, a luta contra a independência para o Banco Central, contra a redução do papel dos bancos públicos e a defesa do regime de partilha na exploração do pré-sal. Estabeleceu-se neste momento uma sintonia entre a militância, a candidata e o comando de campanha, que durou toda a jornada.


Esta construção é um capital político muito relevante, que precisa se fortalecer e avançar. O movimento social organizado deve manter esta ação comum, sustentando e impulsionando o governo no sentido das mudanças, das reformas estruturais e do cumprimento das exigências mais sentidas da população na etapa atual.


Os diversos movimentos de mulheres, com destaque para a Secretaria da Mulher do PCdoB e para a União Brasileira de Mulheres (UBM), tiveram papel importante no pleito. Dentre uma série de atividades, tem destaque o ato Mulheres com Dilma realizado no primeiro turno, que reuniu mais de 4 mil mulheres e potencializou a campanha feminista militante que se desenvolveu durante todo o período eleitoral.


A juventude despertou atenção especial na eleição presidencial, já que cerca de 40% dos eleitores, hoje, possuem entre 16 e 34 anos. O trabalho da União da Juventude Socialista (UJS) contribuiu para que a mensagem da campanha da presidenta Dilma Rousseff chegasse a amplas camadas de jovens, principalmente nas universidades e escolas, e também entre os jovens da periferia, com destaque para a atuação da Nação Hip-hop Brasil. Teve grande relevância simbólica a identidade visual concebida pela UJS com a imagem de Dilma como jovem guerrilheira. Esta opção contribuiu para a criação da identidade de esquerda que veio marcar a propaganda da presidenta.


A maioria do movimento sindical brasileiro apoiou e trabalhou pela reeleição de Dilma Rousseff, com destaque para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura

(Contag) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). A União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Nova Central e lideranças da Força Sindical também integraram o Comitê de Sindicalistas em apoio à Dilma. Parcela minoritária do sindicalismo aderiu a outras candidaturas.

A maioria da CTB, desde o primeiro turno, integrou o comitê de sindicalistas em apoio à Dilma (no segundo turno o apoio foi consensual). A Central se destacou na realização de um grande encontro nacional, em São Paulo, com mais de cinco mil trabalhadores, no primeiro turno. O comitê de sindicalistas desenvolveu diversas atividades em todo o país: atos públicos, panfletagens, passeatas e portas de fábrica, com materiais próprios e participação no programa de rádio e TV.


A Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do PCdoB e a União de Negros pela Igualdade (Unegro) deram importantes contribuições à campanha de Dilma no combate ao racismo, com ideias programáticas e mobilização. No primeiro turno, houve um grande evento nacional de negros e negras organizado em Nova Lima/MG, com a presença da presidenta Dilma, além de eventos descentralizados, em vários estados brasileiros, organizados por uma coordenação nacional. Mobilização reforçada no segundo turno.


O movimento LGBT, que ganha força de forma consistente no Brasil há muitos anos, também teve papel relevante. Como os dois adversários mais importantes de Dilma durante a eleição, Marina e Aécio, foram polarizados por discursos preconceituosos e mesmo “fundamentalistas”, a mobilização do movimento para o apoio à Dilma se deu de forma clara e assertiva por um Brasil sem preconceitos. Bandeira esta assumida firmemente por Dilma, inclusive se posicionando pela criminalização da homofobia.


Os movimentos de moradia pelos vínculos com a luta por direitos que emergem como prioridade para o povo – por exemplo, a qualidade de vida nas cidades e a casa própria – jogaram papel importante na campanha. A Confederação Nacional de Associações de Moradores (Conam) desde o primeiro turno manifestou publicamente seu apoio à reeleição de Dilma Rousseff, e a entidade através de sua presidenta participou de um comando nacional de campanha dos movimentos desse setor."


 

Parte  6 - http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2015/09/a-agenda-avanca.html

Roteiro de leitura 

http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2015/09/um-roteiro-para-leitura-deste-singelo.html 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

2016: Obama's America

Hoje vi esse filme, é um documentário ótimo.

Ponto interessante: o irmão do Obama. Impressionou-me especialmente; ele tem alguma coisa...

Ponto surpreendente: o relacionamento dele com Roberto Mangabeira Unger. Quem diria, não?

Ponto preocupante: tudo.

Mas, sério,  recomendo, é muito bom - por razões bem mais relevantes que as citadas acima. Mas pra saber, só vendo :)

Não perca, numa Netflix perto de você* (e em outros lugares, claro).



* A Netflix está sempre trocando os filmes do acervo, pode ser que futuramente esse documentário não esteja mais lá.


De quem é a culpa, mesmo?

Estava lendo a matéria do Sindicato dos Jornalistas do Paraná...

http://sindijorpr.org.br/noticias/2/noticias/6195/atualizacao-grpcom-demite-tres-jornalistas-e-fecha-mais-uma-vaga

Diz lá.. 

"Mobilizar para mudar

Somente com organização e mobilização da categoria será possível enfrentar esta situação. Por isso, o SindijorPR convida para a Assembleia, na capital e interior, na próxima terça-feira (22). Além do cenário de demissões e abusos, a campanha salarial também será debatida. "

Os caras são socialistas/comunistas, apoiam o PT (e portanto a política econômica que provoca a crise) e depois reclamam de demissões. E ainda dizem que somente com mobilização poderão enfrentar a situação. Será que acham que as empresas demitem por esporte? Imagino que façam parte do grupo que diz que a crise ocorre devido à conjuntura econômica internacional. Vão catar coquinho... ou melhor, vão estudar!
Comunista nunca reconhece as próprias responsabilidades. Vão culpar quem, agora? O Capitalismo, a China, a Europa, os refugiados sírios? E Dilma é uma santa. (Santa marionete, Batman...)

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Naranjo e o marxismo cultural (8)

Esse vídeo de Claudio Naranjo é um viral que muitas pessoas compartilham no Facebook. Exemplo ótimo de engenharia social.




Segundo Naranjo, a cultura patriarcal é muito competitiva, agressiva e exporadora. Isso reforça o combate ao conservadorismo pregado em todo discurso esquerdista. Típico.


Ele faz uma clara oposição entre a sociedade patriarcal que não ama versus algum outro tipo de sociedade (certamente o que seria uma sociedade ideal, pensamento típico da mentalidade revolucionária) que ama. 


Diz que as pessoas aprenderam na cultura patriarcal a odiar a si mesmas e a tratar a si mesmas como escravas (de onde ele tirou isso?). Coisa do discurso maniqueísta de sempre, em que a figura que possui autoridade é sempre a opressora que sacaneia com o oprimido. A única coisa interessante que ele fala é sobre a distinção entre egoísmo e amor próprio, apesar de ser um tanto óbvio. 


Quando ele fala na educação que deveria ser libertadora, logo depois de falar em liberdade sexual (e ele não fez o comentário anterior à toa), ele dá mais um tapa no conservadorismo, sugerindo a idéia de que a sociedade conservadora tolhe a liberdade das pessoas e que devemos ser mais livres, inclusive para seguir nossos impulsos (vê um pequeno incentivo à promiscuidade aí?)


Ele diz que a família quer tolher a liberdade da criança porque tem medo de que se rompa a ordem hierárquica, como se fosse essa a questão e como se isso fosse verdade. É nítido o estímulo à desconstrução da família. 


O discurso desse senhor é um discurso contra a autoridade, tanto a autoridade familiar como a autoridade do professor na educação tradicional. Ele diz coisa bonitas e tendemos a concordar, mas suas palavras contêm mensagens indutoras do preconceito contra o conservadorismo e a sociedade patriarcal, ou seja, contra o passado, desconsiderando inclusive as coisas boas que ele traz. É um discurso progressista que só se preocupa com a transformação da sociedade. O problema é que essa transformação que querem induzir é artificial e ilusória, pois eles não consideram a situação real do mundo. As palavras do Sr. Naranjo não se encaixam na conjuntura que temos hoje pois a situação libertária que ele propõe só daria certo se as pessoas fossem todas esclarecidas e se respeitassem mutuamente. No mundo cão em que vivemos, isso não dá certo. E não dará certo em um futuro breve ou não tão breve pois a sociedade não vai evoluir tão cedo no quesito da harmonia, compreensão e respeito entre as pessoas. Liberdade sem responsabilidade não dá certo e, por acaso, nossa sociedade tem demonstrado que as novas gerações estão cada vez mais irresponsáveis - e cada vez mais rebeldes para reivindicar cada vez mais liberdade para exercer cada vez mais sua irresponsabilidade. Fruto do discurso libertário e progressista da esquerda, propagado pela imprensa, pela mídia e por nossos incríveis "intelectuais" e escritores, que só fazem idiotizar nossos jovens.  Estes são em sua maioria manipuláveis e não possuem senso de perigo, é necessário que se resguardem e obedeçam aos pais, que têm suas razões, muitas vezes, nos diversos nãos que dizem. E esse obedecer não diz respeito ao autoritarismo, pois autoritarismo implica um certo abuso de autoridade e não estamos falando de abuso. Confundir autoridade com autoritarismo é um jogo sujo e sabemos quem o faz. Ocorre que abusos acontecem e isso é lamentável, cada família tem um jeito e muitas delas têm problemas, muitos nãos desnecessários podem ser ditos, mas jogar tudo num cesto e dizer que os pais, EM GERAL, são autoritários é no mínimo desonestidade intelectual. E quando dito de um jeito cativante por um senhor simpático com jeito de sábio do bem e com direito a musiquinha de fundo, ainda, torna-se perverso.

Resumindo, esse vídeo é um lixo.

***

Descobri um excelente texto do Reaçonaria, contribui com interessantes embasamentos para vc entender o discurso de Naranjo nesse vídeo... não deixe de ler!

http://reaconaria.org/blog/reacablog/nao-confunda-ideologia-de-genero-com-combate-a-homofobia/
“A causa mais profunda para isto reside no fato de que, além da declaração de que a família compulsória estava extinta,  a  teoria  Marxista  falhou  ao  não  oferecer  uma base ideológica suficiente para uma revolução sexual e  foi notavelmente ingênua em relação à força histórica e psicológica do patriarcado. Engels havia escrito apenas sobre a história e a economia da família patriarcal, mas não investigou os hábitos mentais nela envolvidos, e até mesmo  Lenin  admitiu  que  a  revolução  sexual  não  era adequadamente compreendida. Com efeito, no contexto de  uma  política  sexual,  as  transformações verdadeiramente  revolucionárias  deveriam  ser  a influência,  à  escala política,  sobre  as  relações  entre  os sexos. Justamente porque o período em questão não viu concretizar-se  as  transformações  radicais  que  parecia prometer,  conviria  definir  aquilo  que  deveria  ser  uma revolução  sexual  bem  sucedida.  Uma  revolução  sexual exigiria, antes de tudo o mais, o fim das inibições e dos tabus  sexuais,  especialmente  aqueles  que  mais ameaçam  o  casamento  monogâmico  tradicional:  a homossexualidade,  a  ilegitimidade,  as  relações  pré-matrimoniais  e  na  adolescência.  Isto  permitiria  uma integração de subculturas sexuais, uma assimilação de ambos  os  lados  da  experiência  humana  até  aqui excluídos  da  sociedade.  Da  mesma  forma,  seria necessário reexaminar as características definidas como masculinas  e  femininas.  O  desaparecimento  do  papel ligado  ao  sexo  e  a  total  independência  econômica  da mulher  destruiriam  ao  mesmo  tempo  a  autoridade  e  a estrutura  econômica.  Parece  improvável  que  tudo  isto possa  acontecer  sem  um  efeito  dramático  sobre  a família patriarcal”
[Kate  Millett:  Sexual  Politics,  1969,  Rupert  Hart-Davis, London]."


***

Parte 9 - http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2015/08/os-amigos-ocultos-de-hitler-e-adivinha.html
Os amigos ocultos de Hitler


Roteiro de leitura 
http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2015/09/um-roteiro-para-leitura-deste-singelo.html 

terça-feira, 8 de setembro de 2015

O socialismo é um ótimo negócio para as grandes elites financeiras. (4)

- Como?

- Sim, isso mesmo:

O socialismo é um ótimo negócio para as grandes elites financeiras.

- Mas por quê?

Um Estado centralizado é um instrumento de muito lucro e muitíssimo poder. Os contratos que uma empresa firma com um país são milionários (muitas vezes bilionários). O controle da economia e a produção de crises têm o poder de beneficiar bancos, empresários e banqueiros, que agem em conluio para explorar o Estado e o povo. O socialismo é a ideologia que defende a centralização do poder do Estado nas mãos do governante e na prática isso se torna um instrumento para o governante "oferecer" grandes negócios a banqueiros e empresários cobiçosos do privilégio de fornecer ao Estado serviços e mercadorias em condições determinadas  de exclusividade (contrato), que podem ser muitíssimo vantajosas e livres de concorrência (isso se chama capitalismo de laços, capitalismo de compadres ou capitalismo clientelista). 


Estatização X Livre Mercado - um exemplo:


Em um Estado em que todas as escolas sejam públicas, poderá haver apenas um fornecedor de papel a todas elas. Basta um contrato com o Governo. Imagine o lucro: uma empresa fornecer papel às escolas de um país inteiro! E assim ocorrendo com diversos parceiros estatais, fornecendo canetas, lápis, carteiras escolares etc.

Em uma situação diferente, que seria o livre mercado (um verdadeiro Liberalismo), fica mais difícil manipular leis e fechar contratos vultosos com o Governo. Por exemplo, em um Estado em que todas as escolas sejam particulares, será o dono de cada uma delas que irá escolher o fornecedor de suprimentos, possivelmente um pequeno ou médio comerciante que atue na comunidade local. Assim, o dinheiro se distribui entre os pequenos empresários da sociedade (o que reforça a classe média e traz mais liberdade financeira às pessoas). Com isso, quem perde espaço e ganha dificuldade são as grandes empresas. Tudo o que os poderosos não querem.

 ***

Sugestões de leitura e vídeos (é uma lista inicial; aos poucos irei acrescentando outras fontes)



A Arte da Guerra Política de David Horowitz

Saul Alinsky e o Império do Radicalismo Político

Soviet Story

Postagem em destaque

CONTROLE DE OPINIÃO - UM BOM EXEMPLO