sábado, 26 de dezembro de 2015

A nobreza das causas nobres

Interessante essa palestra do TED (https://www.youtube.com/watch?v=rS_Ssisz2_M) quando sabemos que isso acontece (https://www.youtube.com/watch?v=KslPYEoUg-A).

Isso me lembra o documentário sobre Fidel que vi outro dia (https://www.youtube.com/watch?v=dPYe5R2b3HY), onde ele ensinava os guerrilheiros de suas tropas a ler. Che Guevara, inclusive, guarda a fama de ter sido um nobre alfabetizador. Ok, seria um lindo serviço voluntário se não fosse apenas tática de guerra. (A quem não viu, sugiro ver esse doc sobre Fidel... é uma boa contribuição à perda da inocência política).


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Socialism is inherently crony

http://www.againstcronycapitalism.org/2015/12/fp-the-sad-death-of-the-latin-american-left-not-so-sad-the-implosion-of-venezuelan-and-brazilian-cronyism-is-good-for-the-world/


FP: The Sad Death of the Latin American Left (Not so sad, the implosion of Venezuelan and Brazilian cronyism is good for the world.)



Fail.
Fail.

Socialism is inherently crony. It is a system which is highly centralized and as such encourages the consolidation and then dissemination of wealth (such as it is) and power to vested interests, sometimes quazi-private, (as is the case with Petrobras) often within the government. This is the sad legacy of modern Venezuela and Brazil. (And pretty much all socialist systems.) That these two countries are now failing so spectacularly is to be expected. This is what crony systems do. They enrich the connected while the rest of the economy and society corrodes from within. We have seen it over and over and over.
(From Foreign Policy)
To be sure, Chavismo’s damage is real, and deeply felt. But the government of Chávez and Maduro and the Bolivarian project have been marked more by incompetence, corruption, and criminality, than by ideological coherence. Today, the Venezuelan economy is the worst-performing in the world, with a GDP expected to contract by around 10 percent. Its people suffer from massive shortages of basic goods like corn meal and toilet paper, inflation rates that are expected to reach 200 percent this year, and the second-highest murder rate in the world
…Today, Brazil is consumed by domestic trouble. After its economy grew by an average annual rate of 4.6 percent between 2005 and 2008 and by3.9 percentin 2011 following the global recession, it is expected to contract by close to 3 percent this year, the country’s greatest economic slide since the Great Depression. At the same time, the revelation of a massive corruption scam involving the semi-private, state-owned oil company Petrobras has implicated members of both the ruling PT as well as the Brazilian Social Democratic Party (PSDB), the democratic-socialist opposition party. More importantly, the scandal has stained many of Brazil’s private-sector icons, from Petrobras to the group of infrastructure companies involved in paying bribes to gain access to more than $23 billion in contracts from the company, such as Odebrecht and Andrade Gutierrez. Some of those kickbacks found their way to political parties including the PT, allegedly to finance Rousseff’s election campaign.
Socialism is a dead end. An intoxicant for the politically naive.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Adelante y abajo


Já temos reflexos disso:
http://www.lbd.dcc.ufmg.br/colecoes/wei/2011/005.pdf

"1. Introdução
A cada novo ano, a cada nova turma, o nível dos alunos que advém do ensino médio é mais e mais preocupante. A maioria chega ao nível universitário sem uma base adequada nas disciplinas de Português e Matemática. Não é incomum encontrarmos alunos com sérias dificuldades na interpretação de textos e na resolução de equações matemáticas. Por ser a disciplina de algoritmos o primeiro contado do aluno ingressante com o mundo da computação, em termos acadêmicos, caso exista algum problema de entendimento ou absorção de tal conteúdo, na maioria dos casos ocorre uma desmotivação por parte dos estudantes, fazendo-os pensar em desistir ou mudar de curso. O que se observa, de forma geral, é que o aluno ingressante em cursos superiores da área de computação e informática e que não possui ou não consegue desenvolver a competência de abstração de problemas, não consegue um bom desempenho em disciplinas iniciais do curso, tais como algoritmos, cálculo, álgebra entre outras. Desmotivado, a maioria dos alunos nessa situação escolhe dois possíveis caminhos: evadir do curso (e da instituição) ou mudar de curso."
Que loucura, os professores estudam um meio de fazer os alunos desenvolverem capacidade de abstração suficiente para entender o que eles querem ensinar, já que nos anos de colégio eles não adquiriram essa capacidade. Gastando tempo com isso em lugar de pensar no que interessa ao ensino de suas competências...

Os Tradutores de Direita traduziram um vídeo bem interessante:



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Talvez alguém queira perguntar: por que essas coisas seriam consequência do marxismo cultural? Por que não seria apenas questão de e(in!)volução das disciplinas, incompetência ou falta de verbas?

O marxismo cultural foi criado para ser aplicado nas diversas instituições da sociedade, atuando em universidades, escolas, mídia, cinema, teatro, literatura e até religião. E o que nos faz pensar que ele estaria sendo aplicado no Brasil? Fica claro pelas declarações de pessoas que hoje comandam nossas instituições.

1 - O vídeo do Lula no avião (aqui http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2015/08/com-palavra-lula.html) dizendo que tinha a Teologia da Libertação a seu favor. O que é Teologia da Libertação? Só pesquisar no Google... ou ver um curso do Pe. Paulo Ricardo que acho bem interessante (https://www.youtube.com/playlist?list=PLpLoSKSqjCl2HVqxl91YJT7DvjdXik-7a), é uma playlist longa mas vale pela quantidade e pela qualidade das informações.

A CNBB é um braço comunista do catolicismo e essa é uma evidência da atuação do marxismo cultural na igreja católica.

2 - No mesmo vídeo, Lula comenta sobre a tese que diz que levaria 20 anos para a população ser preparada para ele chegar ao poder. Por acaso, a tática da subversão (que tem o marxismo cultural como instrumento) prevê esse tempo para ser aplicada com algum sucesso e tem o mesmo objetivo: preparar a população para aceitar o comunismo/socialismo.

3 -  Na educação, temos como patrono o Paulo Freire, que todos sabem que era marxista gramsciano. Ele teorizou sobre a autoridade do professor, o coletivismo e a identidade; idéias que deve ter adquirido de Horkheimer e Adorno (teóricos da Escola de Frankfurt, difusores do marxismo cultural), que escreveram um livro chamado "A Personalidade Autoritária" (Pe. Paulo Ricardo comenta sobre isso aos 23' deste vídeo https://www.youtube.com/watch?v=fb9M8EXdATk). Podemos observar no dia-a-dia que a figura da autoridade tem sido sistematicamente combatida, por exemplo em um viral que circula o FB que comento aqui http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2015/09/naranjo-e-o-marxismo-cultural.html. Até mesmo em cartilhas infantis, dizem que os pais "só abrem a boca para proibir" (sic), pode conferir aqui http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2013/09/mpf-recomenda-suspensao-imediata-da.html.



4 - Outra evidência é a existência do Foro de São Paulo, que muitos dizem que é só um fórum de debates para discutir os rumos da América Latina. Bem, é apenas isso para quem procura se enganar e recusar a verdade.
Para entender melhor o que é o FSP, temos aqui uma playlist com 5 vídeos de palestrantes do primeiro encontro ocorrido em 1990. Não preciso explicar, os vídeos falam por si.

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É na observação das pequenas (ou nem tão pequenas assim) coisas do dia-a-dia que podemos perceber as evidências do marxismo cultural. Por exemplo, outro dia vi uma entrevista do Stedile no programa Diálogos em que ele comentou sobre hegemonia (confira abaixo). Se vc sabe quem foi Gramsci e o que é hegemonia, vai entender do que ele estava falando…


"Existe necessidade de (que) os partidos de esquerda preparem a sua militância, que atuem na sociedade em busca de criar uma hegemonia de idéias socialistas, idéias justas, idéias de igualdade. E vc pode até ter uma maioria no Parlamento, se a sociedade continua conservadora, individualista, egoísta, ela vai querer pena de morte, como se isso fosse resolver os problemas das desigualdades sociais que nós temos."


Para perceber essas coisas no dia-a-dia, temos que conhecer o que é o marxismo cultural e quais são as pautas. Isso exige um pouco de estudo. Pesquise sobre desinformação, subversão, marxismo cultural, Escola de Frankfurt, Gramsci X hegemonia e o que for surgindo. O assunto é bastante vasto. E veja o vídeo do Bezmenov (vide abaixo), é indispensável para a compreensão das táticas que eles utilizam.
Após o conhecimento dos pontos em que se baseia a estratégia de subversão, como por exemplo a divisão de classes, começamos a entender o que há por trás de coisas que ouvimos pessoas como intelectuais e figuras públicas escreverem e dizerem. Como ainda Stedile em sua entrevista, quando fala dos grupos "minoritários" (confira abaixo). Fica claro que cumpre à risca a cartilha dos jogos bolivarianos no tocante ao jogo de divisão (http://lucianoayan.com/2013/08/09/jogo-esquerdista-simulacao-de-guerra-de-classes/).




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Brasil, primeiro lugar em violência contra o professor

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=10207779624670560&id=1292370670

(Resultado da campanha contra a autoridade do docente e as idéias anti-hierarquia pregadas por Paulo Freire?)


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Vídeos recomendados

Paulo Freire - Pedagogia do Oprimido
Parte 1 - Oprimidos e Opressores


Saul Alinsky e o Império do Radicalismo Político


Yuri Bezmenov - entrevista/palestra [Pacote Completo]


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E a playlist do Pe. Paulo Ricardo, que mencionei acima. Muito interessante!
https://www.youtube.com/playlist?list=PLpLoSKSqjCl2HVqxl91YJT7DvjdXik-7a

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O coletivismo e a estupidez de ignorar os 3 pontos


A maioria dos ativistas dos movimentos sociais não consegue ver alternativas em sua luta pelo mundo melhor que não passem pelo coletivismo e pela exaltação da identidade (por acaso, pautas de Paulo Freire...).

Sempre quando alguém se opõe aos métodos da militância é visto como o egoísta, o conservador mau que só quer manter sua "supremacia branca". É uma espécie de bullying moral que tenta fazer os "caucasianos" assumirem a culpa por seu passado histórico (muito mal contado) e terem quase vergonha de sua própria cor.

O problema é que o coletivismo não passa pela raiz da questão e sempre se concentra numa briga superficial e inócua. Isso porque querem pensar que a causa está sempre no coletivo, assim como a solução.

Outro dia um amigo fez uma postagem no FB em homenagem ao dia da consciência negra e pediu para eu comentar e desse comentário nasceu o seguinte texto:

"Ok, vou dizer o que acho da sua atitude... boa intenção, parabéns!
Agora vou dizer o que acho desse tipo de atitude: acho que se destina a quem tem algum problema com isso. Tipo aquelas campanhas antitabagistas: é pra quem fuma, fumará ou está propenso a fumar. Não é pra quem não tem nada a ver com isso. Por isso não me toca, mas entendo a importância de tentar fazer acordar os que dormem.

Quanto ao método: é protocolar e nada inteligente porque não vai à a raiz da questão. Se contribui para alguma coisa, não sei. Talvez um pouco, mas é direcionado (à questão racial) e ñ toca nos pontos.

Que pontos?

O preconceito/discriminação racial tem uma raiz com 3 itens que eu identifico:
(Obs.: a maioria dos comentários abaixo se referem à interação entre pessoas que não se conhecem e só cabem a este tipo de situação.)


1 - Rejeição ao ser/estar do outro (empatia "negativa")


Vem de a pessoa não querer ser (ou estar no lugar de) uma pessoa qualquer que conhece ou encontra (seja pelo motivo que for) e por consequência não gostar dela ou rejeitá-la.

Esse não querer ser/estar é motivado pela percepção da diferença, dentro de vários fatores, somados ou não: estéticos, de estilo, de cultura, de status etc., ou seja, tudo o que pode parecer não desejável para a pessoa que observa. A percepção que fornece o sentimento do não desejável pode ser influenciada por vários fatores tb, como culturais (choque de cultura), de gosto pessoal (personalidade, experiências) ou até mesmo por motivos inconscientes (fobias, traumas). Muitas vezes, é por cegueira - a pessoa não olha para as características positivas daquilo que está vendo (ou as subestima), ou olha demais para as negativas (ou as superestima).

Quanto ao não gostar/rejeitar, isso vem de uma empatia que no caso se manifesta de forma "negativa" (que seria algo como não querer estar no lugar do outro), o que nasce de uma junção: o não querer algo pra si + o não gostar desse algo = não gostar da idéia de ter esse algo =>>> não gostar do portador desse algo. Aqui há uma projeção. Quando uma outra pessoa tem ou é algo que não se quer ter ou ser, a tendência é criar um sentimento negativo em relação a essa pessoa, algo como um não gostar. Tem algo a ver com admiração: em nossos instintos mais primitivos, tendemos a gostar do que admiramos e a não gostar do que não admiramos. Difícil é dissociar esse link, ou seja, gostar do outro, um desconhecido, sem levar em conta fatores que causem necessariamente alguma admiração. Essa tendência está ligada à maturidade: pessoas mais imaturas fazem mais essa projeção e pessoas mais maduras fazem menos (ou não fazem).

Desse sistema imaturo de linkagem [não admirar -->> não gostar], nasce um monte de coisa ruim. Não é só a questão racial, é tudo. Disso nasce o sentimento de superioridade, nasce o desprezo gratuito, o desrespeito. As campanhas não tocam nesse mecanismo ou se tocam, tocam de um jeito que não adianta e até produzem mais rejeição.

As lutas contra o preconceito e a discriminação deveriam trabalhar esse processo de linkagem errada. Isso é uma projeção da ignorância, ninguém deveria deixar de respeitar ou de gostar de alguém que não admira ou que esteja em uma posição que não gostaria de ocupar. Há outros motivos maiores... o fato de ser um ser humano, um irmão portanto, cheio de dores e conflitos como todos. Esse sentimento positivo que reside apenas na existência do outro deve ser maior que a aversão causada pela projeção imatura do não admirar ou do não gostar do que o outro tem.


2 - Tomar a parte pelo todo


É o processo de olhar uma pessoa e pensar que ela reproduz a característica do grupo ao qual pertence. Por exemplo, olhar um italiano que ainda nem disse nada e já pensar que ele é do tipo que fala alto e gesticula bastante. Ou ver um japonês e achar que é inteligente e disciplinado antes mesmo de conhecê-lo melhor.
Os problema é quando o grupo não é visto com características muito positivas. Os negros, por exemplo. Pensando coletivamente, em média, eles nunca ocuparam posições privilegiadas na sociedade. Tendo pouco estudo, ocupam em média postos de trabalho menos glamurosos, que pagam menos. E por questões socioeconômicas, são encontrados em maior proporção nos bairros mais pobres. E como a criminalidade está relacionada à pobreza, os índices também não lhes favorecem; a proporção de crimes cometidos por negros é em média maior e por conseguinte, há mais negros presos que brancos. Então a pessoa olha para o indivíduo e, quando é do tipo que toma a parte pelo todo, vê nele todo o reflexo da imagem criada em torno do grupo ao qual ele pertence. E nasce então um preconceito. E se essa pessoa também escorrega no item 1 acima, vai se projetar no outro e processar a empatia negativa.

Uma campanha antipreconceito deveria trabalhar nessa "linkagem", que nasce tão somente da ignorância. Uma pessoa evoluída enxerga o indivíduo como uma unidade separada do todo, única em sua existência, potencialmente linda e maravilhosa (assim como potencialmente horrível e miserável), que pode ter qualidades muito positivas (ou não). As qualidades e defeitos vão aparecendo com o tempo, mas antes de conhecer alguém, tudo é potencial. O preconceito nasce de imagens que as pessoas se dão a liberdade de criar, sem que tenham permissão pra isso. Esse processo deve ser trabalhado.


3 - Concluir pela aparência

Quando a pessoa vê alguém que possui alguma coisa ou característica que denota algo (às vezes é um estereótipo, às vezes não) e transfere a percepção da coisa/característica para o portador. Por exemplo, uma mulher com roupa bem curta, justa e decotada: é puta. Ou loira superenfeitada: é burra. Ou com cabelo joãozinho e roupas não muito femininas: é lésbica. Também nasce daí o preconceito porque a pessoa nem avalia e já julga (e julgar é fazer uma "linkagem"). E se a pessoa não gostar da coisa/característica, incorre no item 1 e recai também na empatia negativa.

São esses os 3 fatores e penso que eles são produto de imaturidade. Então quando eu vejo campanhas como a sua, de postar fotos no FB pra dizer que somos todos iguais, eu acho meio inócuo. A pessoa entende isso racionalmente, e ainda de forna direcionada (questão racial negros-brancos). Só que se não trabalhar o processo de linkagem que ocorre nos 3 itens, continuará igual (ainda que tente se adestrar para sentir a igualdade). Eu não acredito em campanhas identitárias. Eu acredito em campanhas que trabalhem o amadurecimento das pessoas, que toquem a raiz da questão, que é o conjunto dos 3 itens. Assim, o preconceito e a discriminação seriam combatidos para beneficiar a todos igualmente. Idosos, deficientes, putas, negros, albinos, esquimós, índios xingu. Concorda?"

A solução do problema do preconceito não passa pelo coletivismo, mas reside no íntimo de cada indivíduo, na chave de sua imaturidade. A solução pode ser um trabalho de esclarecimento direcionado à população com o uso da mídia, filmes e inserções nos comerciais, mas a solução é individual. Não sou contra campanhas, mas uma campanha direcionada ao coletivo não é coletivismo. A solução, antes de tudo, passa pelo individualismo.

***

Sobre individualismo e coletivismo:

O site Direitas Já fez uns textos muito interessantes sobre o coletivismo e a mentalidade classista. Um tanto ácidos ou talvez agressivos para os mais sensíveis, mas vai ao ponto.


http://direitasja.com.br/2013/05/01/a-droga-da-mentalidade-classista/

http://direitasja.com.br/2013/03/15/mentalidades-coletivistas/

 

Postagem em destaque

CONTROLE DE OPINIÃO - UM BOM EXEMPLO