sábado, 30 de janeiro de 2016

Marighella e a paz

Sabemos que uma das bandeiras da esquerda é o desarmamento e isso é proclamado como mais um item do pacote do velho monopólio das virtudes, o que alimenta a imagem de que socialismo é amor e socialistas estão sempre ao lado do bem, da justiça social, da igualdade e da paz. Ocorre que o partido da nossa Presidente possui diversos ex-guerrilheios (inclusive a própria) e sempre deixa muito claro que não se envergonha de suas raízes, sempre prestando homenagens aos companheiros mortos. Não existe o menor constrangimento por parte da cúpula petista em tentar construir a imagem de que terroristas revolucionários são heróis da liberdade e defensores incansáveis da democracia. Marighella, um terrorista notório cultuado por idiotas úteis que na vida real nunca pegaram em um 38, tornou-se inclusive nome de escola na Bahia e poderá ganhar um filme em breve. Um luxo, para um terrorista que adorava pegar em armas.  Vejamos  o que diz seu Manual do Guerrilheiro Urbano:

https://www.marxists.org/portugues/marighella/1969/manual/cap01.htm#5

Será que podemos mesmo considerar que nossos governantes desarmamentistas anseiam por um mundo sem armas, com mais paz e mais amor, enquanto não se cansam de prestar homenagens a terroristas assassinos? Ou a defesa do desarmamento é apenas mais um item na agenda de poder do seu caderninho comunista da subversão? Vale refletir sobre essa estranha incoerência.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

DESMISTIFICANDO: NOSSA IMPRENSA

E mais uma vez vamos postar coisas de Olavo. É curioso que só exista ele a nos trazer essas informações tão importantes que precisam ser espalhadas aos 4 ventos. Dizem que os fãs de Olavo são olavetes fanáticos mas o que ocorre é que não há nem opções. Gosto da pessoa dele mas ainda que eu não gostasse, não há outro. Quem foi o primeiro e único que começou a falar a todos sobre a existência do Foro de São Paulo e a verdadeira natureza dessa organização? E quem melhor nos fala sobre a apropriação da imprensa pelos partidos de esquerda, no sentido totalmente contrário ao falso discurso oficial que prega que existe o tal PIG (partido da imprensa golpista) que trabalharia a favor da direita, pela clássica e já manjada tática do "acuse-os do que você faz"? Há muitas "lendas" a serem desmistificadas, que sustentam uma verdadeira rede de mentiras. Os menos informados poderiam dizer que nada disso existe, mas a observação diária nos faz ver que é exatamente isso. Por exemplo, se a imprensa é mesmo manipulada pela direita, por que não coloca os holofotes em Bolsonaro, agora que ele é recebido com alvoroço em todos os aeroportos onde desembarca? E a marcha do MBL, foi amplamente noticiada? E o acampamento dos Revoltados on Line e cia., quase não se via na TV, tampouco nas revistas e jornais impressos. As notícias que possuem potencial impacto na opinião pública a favor da direita ou em desfavor da esquerda não ganham espaço nos meios de comunicação, basta observar.

Deixo aqui 2 vídeos que são verdadeiras denúncias que todos deveriam ouvir para deixar um pouco a ingenuidade de lado. Para quem estiver disposto a ver o mundo sem os filtros do consenso fabricado pela maldita subversão, acrescentará muito.

 

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Aqui ele começa a falar sobre a imprensa aos 6:35. Aos 15', Olavo fala das demissões que sofreu por falar do Foro de São Paulo.

Aquele texto que nunca fica pronto

Revisei o post anterior mais uma vez. É curioso que às vezes escrevo um texto até que rapidamente e quase sem necessidade de revisão e em outros dias parece que o texto nunca fica pronto. Invejo uma certa pessoa que uma vez vi levar 20 minutos para escrever um artigo enorme numa mesa de padaria, prontamente publicado na Obvious ali mesmo. Quem tem dom, tem.
(E que ele não fique se achando porque recebeu um elogio, pois não estou elogiando ninguém... apenas reconhecendo um fato. :D)

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A GUERRA DA MODERNIDADE - REEDITADO III

O maior problema da humanidade, em termos políticos, é a ingenuidade. As pessoas não reconhecem os perigos que isso traz porque não vêem as coisas pelos parâmetros reais, desta forma são levadas a colaborar para sua própria destruição. Existe uma dificuldade em perceber a guerra política que existe, que atualmente se baseia em subversão e desinformação. Falta uma perspectiva histórica do passado. Falta a visão de que ainda estamos imersos nos mesmos processos que ocorrem há milênios. Que processos? O sonho do imperialismo. Lutas de poder, ao melhor estilo de Alexandre, o Grande. A diferença é que hoje os instrumentos são outros. Alexandre usava espadas e hoje usam-se mentiras, distorções, rotulagens, mkt, manipulações. A população precisa entender que a subversão é o grande instrumento de guerra da modernidade. Mas isso não é encarado como fato, é visto como teoria da conspiração - o que é um problema, pois a reação só acontece após a percepção do que ocorre. E é por isso que a ingenuidade política é uma arma de suicídio em massa. Lula/Maduro/Evo etc precisam ser vistos como os Alexandres da modernidade. Não em matéria de coragem e força física, mas em matéria de gana por poder e imperialismo.

Nesse caminho de entendimento, penso que a primeira barreira a derrubar é a visão ingênua de que todos os políticos são políticos normais e que aceitam as alternâncias da democracia. Não, muitos deles querem fazer como Fidel: ocupar o trono até o fim e quando ñ for mais possível, passar o cetro ao companheiro (de preferência, da família). É sempre questão de poder, o elemento precioso por que matam e morrem. Este texto se refere a essas pessoas.

Dentro desse problema (a ingenuidade política), há várias místicas a derrubar, além da falsa crença de que eles querem nosso bem e lutam em defesa dos povos e países. Outra crença muito ilusória e danosa a todos é a idéia de que é possível implantar na Terra um sistema colaborativo, igualitário e não baseado em lucro (sim, Comunismo). Surpreende-me a quantidade de pessoas que acreditam na dialética materialista e idéias como a mais-valia. Isso dá força a uma retórica anticapitalista que prega que o sistema que temos hoje é mau e pode ser substituído por outro modelo. É nesse jogo de afirmação de um outro sistema "possível" e negação do sistema atual que esses políticos acabam por desrespeitar as regras do jogo necessário da economia (das quais não se pode escapar), em um processo de negação que produz crises propositais para que todos acreditem que o capitalismo não dá certo, e para forçar o povo a clamar por mudanças. Enquanto boicotam o sistema que tanto odeiam, colocam todas as mazelas que produzem na conta do capitalismo. É com esse substrato que produzem artigos assim http://www.vermelho.org.br/noticia/129408-2. O resultado desse processo de negação capitalista é o nosso sofrimento. Um país mal gerido empobrece e as condições de vida pioram. É exatamente como ocorre no Brasil: cada vez mais nos endividamos e caminhamos para a miséria.

Outra mística a derrubar é a idéia rousseauniana, comumente aceita por esquerdistas, de que todo homem nasce bom e é corrompido pelo sistema. Esse é o pensamento básico que permite a idéia da igualdade: "se todos nascem iguais, devem viver em um mundo que oferece condições igualitárias de vida". E com base em tal idéia partem para o sonho de um sistema de igualdade artificial, que não poderia jamais existir. Rousseau devia estar louco quando escreveu suas teses. Disso nasce também a idéia de que a igualdade é justa. O que se ignora é que a idéia de justiça igualitária é muito mais complexa do que normalmente se tenta supor. Partindo da realidade de que as pessoas são diferentes, seus destinos e oportunidades acabam por ser ser invariavelmente diferentes, e isso não é injusto. É claro que muitas injustiças acontecem dentro desse processo que é dado pela natureza das coisas, mas é o que existe. Podemos procurar um meio de afastar as injustiças ao máximo, mas qualquer tentativa de se eliminar artificialmente inevitáveis desigualdades tende sempre a causar tenebrosas aberrações e problemas sociais.

Outra mística a desfazer é a crença de que as coisas acontecem de repente. Por exemplo, se um partido comunista assume o poder, imagina-se que tudo mudará de uma hora para outra mas não é assim que ocorre. É uma transição de décadas e inicialmente o capitalismo continua a vigorar sem alterações, até que vai se modificando aos poucos, com a mudança gradual das leis e instituições.

Também existe a falsa crença de que um partido comunista sempre anuncia a que veio. Poucos sabem o quanto é comum eles não dizerem o que são. Fidel não se dizia comunista quando assumiu o poder. Ele levou anos para revelar. Stalin e Hitler também. Mas aos poucos eles foram fazendo suas transições político-econômicas, num processo de décadas. 

Nada acontece de forma repentina, mas quem pensa que é assim é levado a acreditar que o PT é um partido traidor, que virou à direita. Não concebe a idéia de que o PT pode estar trabalhando para fazer do Brasil um país socialista nos moldes marxistas, com a abolição da propriedade privada. Há quem pense que isso é ridículo, algo que beira a teoria da conspiração, pois parte de paradigmas atuais, com base nas ações  e decisões que toma hoje, que são aparentemente pautadas em capitalismo. Poucos sabem que o que eles fazem é modificar lentamente o ambiente para que todos aceitem as mudanças sem traumas ou choque. É assim que sempre foi. Hitler não teria realizado o Holocausto se não fosse dessa forma.

Entendido, então, que é necessário desfazer muitas místicas e que vivemos uma guerra política por poder que faz muito mal à nossa sociedade e tenta modificá-la em um irresponsável processo de experimentação que nos torna cobaias de uma tragédia anunciada, é necessário entender os instrumentos que eles utilizam (desinformação + infiltração nas instituições [ex. Igreja Católica] + rotulagem etc = subversão) e como ocorre a evolução desse lento processo. É importante enxergar que os instrumentos não existem por acaso.

Dado a consciência de que há objetivos, instrumentos e uma evolução lenta e planejada dos acontecimentos, os exemplos devem ser observados. A população deve enxergar a subversão no dia-a-dia. Entender, p. ex., que a proposta curricular do BNCC é subversiva. Que a desmilitarização da PM também. Que o desarmamento também. O politicamente correto. A ideologia de gênero. Etc.

A população também deve enxergar o papel que a mídia tem nisso tudo. Entender e se questionar sobre coisas obviamente suspeitas que passam incólumes nas mentes dos que não abrem os olhos. É necessário perceber muita coisa. Perguntar-se, por exemplo, por que o Foro de São Paulo foi tão acobertado durante 2 décadas até vir à tona com um véu tão grande de despretensão? Já não é mais segredo mas as distorções ainda permanecem: a imagem que resplandece é a de que o FSP é um singelo foro de discussões para orientar as decisões dos partidos de esquerda na América Latina. Parece haver a regra de que a mentira sempre deve prevalecer.

Em resumo, não adianta falar do que acontece sem a desmistificação de diversas crenças sobre o ambiente político-econômico-cultural que vivemos. Em seguida, é necessário ter consciência dos objetivos, dos instrumentos e da forma de evolução de todo o processo. Esses são os parâmetros que é imprescindível enxergar para que os acontecimentos que vemos todos os dias sejam reconhecidos como evidências de toda a destruição que acontece diariamente diante dos nossos olhos.

Obs.:Tenho noção dessa perspectiva histórica porque estudei pelo currículo atual. Se eu apenas tivesse estudado africanidades e indianismos (refiro-me a isto https://www.youtube.com/watch?v=cnIoN1nK_m8&feature=youtu.be), não teria a perspectiva de que há um processo contínuo de busca por poder que vigora até hoje e não saberia o quanto isso é capaz de mudar o mundo, não teria noção dessa força transformadora. Não seria capaz de perceber a magnanimidade do processo. E "por acaso" querem tirar essa noção de nós, com esse golpe da BNCC no sistema educacional. Isso é um assassinato de perpectiva. É o caminho para uma cegueira cada vez maior, querem EMBURRECER o povo (além de empobrecê-lo com crises propositais). Isso é MUITO grave.
Lembremos que os povos indígenas da América foram conquistados porque não tinham consciência de guerra. Eram totalmente vulneráveis em tudo. Eram formiginhas que qualquer um esmaga ao dar um passo. É nisso que estão nos transformando.

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Hegemonia: uma estratégia de guerra
http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2016/01/hegemonia.html

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Yuri Bezmenov, não deixe de ver

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Vídeo recomendado: Agenda documentário completo

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Vídeo recomendado: Saul Alinsky e o Império
do Radicalismo Político

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Para entender a nossa imprensa e mídia


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Ricbit e Habermas

Recentemente tenho visto o Bene Barbosa criticar o consenso que se tenta criar na sociedade de que não devemos reagir a assaltos. Ele está criando uma corrente em contramão, com a idéia de que devemos, sim, reagir. E ele tem suas razões, pois é uma questão de luta de forças e a resistência é um instrumento do qual não deveríamos abdicar, sob pena de perder até mesmo a dignidade (mas é claro que há casos e casos, não se pode falar em resistir ou reagir em qualquer circunstância).

No mundo das idéias esse movimento contrário também é válido: existe uma corrente, mas pode (deve) haver uma contracorrente.

Hoje eu vi um vídeo que me fez pensar nessa questão de correntes. Aqui:



Não pude deixar de me perguntar: isso é o que os  "grandes pensadores" oferecem? Sempre sou levada a concluir que quando esse "pensadores" não falam coisas idiotas, falam coisas óbvias.

Sobre o pensamento de Habermas, é claro que o princípio de toda discussão é a razão. Estranho é pensar o contrário. E discutir com civilidade não é tão utópico nem tão difícil, desde que se tenha um mínimo de maturidade, inteligência e raciocínio lógico.
Agora uma pérola que deixaria Derrida exultante: o poder faz alguma diferença no argumento? Nem vale a pena responder, isso já se torna uma pergunta retórica pela absurdidade de seu conteúdo.

Ok. É isso o que Habermas oferece? O que ele quer com essas idéias brilhantes? (Eu diria que desconstruir a figura da autoridade é quase uma obsessão desses marxistas culturais...) Se não pudéssemos pensar que é uma tática, eu diria que é burrice.

Vamos ao mundo real: o primeiro fundamento de uma discussão pode ser a lei de Ricbit. (Pode ser, pois essa hierarquia não precisa ser muito bem definida. Se for o segundo fundamento está bom também.)
O que Ricbit diz nessa lei também é obvio, mas pelo menos é inteligente e muita gente ainda não entendeu. O que é uma tragédia na vida qualquer um.

Os fundamentos de uma boa discussão estão muito mais para a Lógica do que para a Filosofia. Assim como Bene Barbosa em seu movimento contrário, precisamos lutar contra o consenso de que esses "pensadores" desenvolvem pensamentos que justifiquem sua fama por alguma distinção de raciocínio. Até porque, tudo indica que não foi pelo mérito de algo verdadeiramente interessante que tenham pensado pois, se assim o fosse, não teriam saído da obscuridade.

Fiquem com a lei de Ricbit... e sugiro que reflitam. 

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Nando Moura: Como destruir Olavo de Carvalho

Hoje só deu o Olavo...
Minha mãe postou uma foto de um meme de uns dizeres dele e teve comentário, aí respondi e foi uma pequena conversa... mas coisa leve, sem stress. Há pouco o Nando Moura fez um vídeo sobre Olavo de Carvalho, falando inclusive sobre a falácia do espantalho, sobre a verdadeira face do "geocentrismo olaviano" e sobre sua capacidade lógica, coisas que inclusive comentei hoje mesmo em uma outra discussão de Facebook num grupo que tenho visitado recentemente (discuti sobre o Olavo 2 vezes hoje, que coisa). Fica aqui o vídeo e abaixo colo meus comentários no FB, que acho que acrescenta algo.



(A terminar)

domingo, 17 de janeiro de 2016

Derrida e o lixo

Olavo de Carvalho estuda o assunto há 50 anos e é a melhor pessoa para nos explicar sobre os bastidores da intelectualidade desconstrucionista que estragou a concepção de arte que temos na atualidade.


O sucesso do fracasso
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 27 de novembro

Todos os "movimentos sociais" atuantes no Brasil, sem exceção, bem como as entidades que os representam e as leis baseadas nas suas reivindicações, nasceram da seguinte maneira:

1. Com dez, vinte, trinta anos de antecedência, os intelectuais esquerdistas de maior peso discutem e elaboram os conceitos e a linguagem das novas idéias destinadas a revigorar e ampliar o movimento revolucionário mundial.
2. Em seguida essas propostas passam à alçada das grandes fundações bilionárias e organismos internacionais, onde o segundo escalão intelectual – técnicos, planejadores sociais, publicitários, ativistas -- lhes dá o formato operacional para transmutá-las em propostas concretas.
3. Essas propostas são então espalhadas pelo mundo por meio de uma infinidade de livros, artigos, conferências, filmes, espetáculos de teatro, sempre subsidiados pelas mesmas fontes, mas apresentados como iniciativas independentes, de modo a dar a impressão de que a mudança planejada provém de uma fatalidade histórica impessoal e não de uma ação organizada. Ao mesmo tempo, desencadeia-se um conjunto de operações preventivas destinadas a neutralizar, reprimir e, se necessário, criminalizar toda resistência.
4. Só então as propostas chegam aos países do Terceiro Mundo, por meio de ONGs e agentes pagos que as inoculam primeiro nos círculos de intelectuais mais ativos, que as retransmitem aos estudantes e à mídia, não raro apresentando-as como suas criações pessoais e originalíssimas, de modo que a multidão dos aderentes não tenha a mais mínima idéia da existência de um empreendimento internacional organizado por trás dos efeitos políticos que se seguem inexoravelmente.
5. A última etapa é a produção desses efeitos, por meio dos agentes políticos – militância organizada, agentes de influência, legisladores – que transformam as propostas em leis e instituições.
Na última etapa, as origens intelectuais das propostas, bem como sua base internacional de sustentação financeira e organizacional, já se tornaram praticamente invisíveis para a população em geral, de modo que toda a discussão a respeito, destinada a fazer com que a adoção das novas medidas pareça surgir do fluxo normal e espontâneo da vida democrática, se atenha às definições nominais e aos aspectos mais periféricos das questões respectivas, sem possibilidade de examinar seja o esquema de poder que articulou a seu belprazer a situação de debate, seja as implicações históricas de longo prazo que advirão das transformações pretendidas. Quando essas conseqüências se revelam catastróficas*, a culpa pelo erro que as produziu já está tão disseminada pela sociedade que toda tentativa de rastrear e responsabilizar os autores das propostas iniciais, caso ainda ocorra a alguém a tentação de empreendê-la, começa a parecer rebuscada e artificiosa como uma "teoria da conspiração".
A primeira condição para a existência de um movimento conservador ou liberal é a formação de equipes de estudiosos qualificados para fazer esse rastreamento e expor aos olhos da multidão o processo inteiro da "transformação social", para que ela perca seu prestígio místico de fatalidade histórica ou vontade divina e possa ser discutida às claras como qualquer outro projeto de poder.
Infelizmente, as forças econômico-sociais cuja sobrevivência a longo prazo depende do sucesso de um movimento liberal-conservador – principalmente a classe empresarial que é a concorrente número um dos planejadores e burocratas iluminados – têm um horizonte de visão histórica muito restrito e dificilmente compreendem a necessidade de uma estratégia de longo prazo. Concentram-se na defesa dos seus interesses imediatos reais ou imaginários e, sem perceber, acabam colaborando com os planos mais vastos e gerais da esquerda, seja por meio de concessões conscientes que lhes parecem muito espertas na hora, seja por meio de resistências pontuais arbitrárias e inconexas que sempre podem ser absorvidas e neutralizadas no quadro maior da estratégia esquerdista, seja por meio da adaptação passiva, lenta e quase imperceptível à linguagem e à cosmovisão de seus inimigos.

O domínio do tempo histórico das transformações político-sociais tornou-se monopólio da elite esquerdista internacional. O mero fracasso econômico das propostas socialistas não diminui em nada o poder hipnótico que exercem sobre a multidão nem o controle hegemônico da esquerda sobre o processo histórico, porque esse fracasso é apenas um fato, e os fatos não se transformam por si em elementos de persuasão quando não integrados como símbolos num universo imaginário, isto é, quando não trabalhados dentro de um plano cultural abrangente e de longo prazo, precisamente o que falta por completo às forças liberal-conservadoras.
O próprio preconceito economicista que se apossou dessas forças, induzindo-as a esperar que a fraqueza econômica do socialismo se transmute automaticamente em fracasso político-cultural do movimento esquerdista, já mostra o quanto o imaginário liberal-conservador foi infectado e moldado pela cosmovisão esquerdista, hoje "onipresente e invisível" como a desejava Antonio Gramsci.
Desse preconceito, em simbiose com o imediatismo político, nasce o profundo desinteresse que os liberais e conservadores têm pelo debate interno de idéias na esquerda. Como o conteúdo desse debate lhes parece falso e alucinatório e por isso supremamente tedioso, não percebem que por trás dessa falsidade e alucinação há um método e uma estratégia. Nem muito menos que a falsidade louca de uma idéia jamais foi obstáculo ao seu sucesso político. Enquanto os liberais e conservadores discutem economia, criando esquemas saudáveis e racionais que jamais serão levados à prática, os esquerdistas, a salvo de qualquer fiscalização crítica da parte de seus adversários, inventam as mentiras e alucinações com que dominarão a consciência das multidões e conduzirão o processo histórico para onde bem entendam, com a facilidade com que um menino-pastor puxa um búfalo de uma tonelada pela argolado nariz.
Vou dar aqui um único exemplo de doutrina alucinatória que jamais vi despertar o interesse dos liberais e conservadores brasileiros e que por isso mesmo consegue praticamente dominar o ambiente universitário, cultural e midiático nacional, influenciando o curso dos acontecimentos e impondo derrotas humilhantes à racionalidade econômica liberal-conservadora.
Refiro-me à escola "desconstrucionista" de Jacques Derrida, Jean-François Lyotard, Paul de Man, Gianni Vattimo e outros, que torna inviável toda idéia de veracidade objetiva e instaura em seu lugar o primado da ficção militante.
Como em artigos vindouros pretendo abordar aqui vários fenômenos da política brasileira que jamais teriam podido produzir-se exceto num ambiente intelectual dominado por essa escola, a utilidade essencial de conhecê-la se tornará mais evidente nas próximas semanas.
Usei o termo "escola", mas os próprios desconstrucionistas o rejeitam. Também não aceitam que o desconstrucionismo seja definido como uma filosofia, um método de interpretação, um projeto acadêmico ou qualquer outra coisa. Não aceitam definição nenhuma, o que já coloca o recém-chegado na obrigação de escolher entre embarcar às cegas na aventura sem nome ou, ficando de fora, não poder criticá-la sem ser acusado de incompreensão leiga. À entrada do templo desconstrucionista, portanto, um cartaz em letras de fogo já anuncia: "Ame-o ou deixe-o." Mas deixá-lo significa excluir-se a si próprio da comunidade acadêmica e ser considerado um ignorante ou reacionário, um escravo do universo lingüístico pré-desconstrucionista e, portanto, um virtual objeto de desconstrução. Não há terceira alternativa entre desconstruir e ser desconstruído – e esta última hipótese não significa apenas ser objeto de análise corrosiva, mas de destruição social e profissional.
A desconstrução parte da premissa lingüística de Ferdinand de Saussure de que a língua é um sistema no qual o sentido de cada palavra é a diferença entre ela e todas as outras. O sacerdote supremo do desconstrucionismo, Jacques Derrida, joga essa premissa contra as pretensões científicas da própria lingüística, ao concluir daí que, se a língua é um sistema de diferenças entre signos, ela não tem qualquer referência a um "significado" externo. Tudo o que o ser humano diz, escreve ou pensa é apenas a exploração das possibilidades internas dosistema. Não tem nada a ver com "realidade", "fatos" etc. O universo inteiro ao alcance do pensamento humano é constituído de "textos" ou "discursos", mas, como não há nenhuma realidade externa pela qual esses discursos possam ser aferidos, não tem sentido falar de discursos "verdadeiros" ou "falsos". Não existe representação da realidade. Todo discurso é livre invenção de significados.
Obtida essa conclusão, Derrida interpreta-a em sentido nietzscheano, afirmando que, se o dircurso não é representação da realidade, é expressão da "vontade de poder". Mas isso não quer dizer que por trás do discurso exista um "eu" manifestando sua vontade de poder. A idéia de um eu estável e autoconsciente é ela própria uma representação da realidade. Como nenhuma representação da realidade pode funcionar, o eu também não existe: só o que existe é o ato de poder que cria uma ficção chamada "eu". Se a língua estava totalmente separada da realidade por ser apenas um sistema de diferenças, o desconstrucionista vai agora separá-la do próprio sujeito pensante, acrescentando à mera "différence" a "différance", com "a", termo criado por Derrida para designar o intervalo de tempo entre o sujeito como autor do discurso e o mesmo sujeito considerado enquanto assunto do discurso. Em português ele não precisaria inventar esse trocadilho medonho, pois aí existe a palavra "diferição", sinônima de "adiamento", que, por aquela mistura de pedantismo e ignorância, típica do meio acadêmico nacional, os tradutores brasileiros se recusam a usar, preferindo o neologismo francês para dar a impressão de que se trata de uma nuance sutilíssima. Qualquer que seja o caso, Derrida está falando simplesmente de uma diferição, de um lapso de tempo: o eu do qual você fala não é nunca o eu que está falando. Mas, se é assim, o eu como assunto do discurso não está nunca presente a si mesmo. Separado do objeto pela circularidade do sistema, o discurso está também separado dosujeito pela diferição, ou, se preferem, "différance" (como diria Dirty Harry: Cazzo!). Diga você o que disser, ou pense o que pensar, será sempre uma ausência falando de outra ausência.
Se o eu não existe e o objeto que ele pensa também não existe, só o que existe é o ato de poder que cria uma ficção chamada "eu" e outra ficção chamada "objeto". O motivo que produz a necessidade de criar essa ficção é o desejo de escapar da morte, da aniquilação. Mas a morte é inescapável, é a "realidade". Portanto a função de todos os discursos é negar a realidade e a sua tradução cognitiva, a verdade. Nisso consiste o poder, a genuína liberdade. O Evangelho (João, VIII:32) dizia que a liberdade nasce do conhecimento da verdade. Para Derrida e os desconstrucionistas em geral, a liberdade consiste em negar a verdade, afirmando, com isso, o próprio poder.
No início alguns marxistas ficaram alarmados com a nova filosofia, que, ao negar a realidade, punha em xeque toda pretensão de conhecer as leis objetivas do processo histórico. Mas Derrida logo conseguiu acalmá-los, mostrando que, se o desconstrucionismo era ruim para a teoria marxista, era bom para o movimento revolucionário, dando-lhe não só os meios de corroer toda a cultura ocidental por meio da negação do significado em geral, mas também de afirmar o seu próprio poder ilimitadamente: livre das coerções da realidade objetiva, imune portanto a qualquer cobrança na esfera dos argumentos racionais, ele poderia impor sua vontade por todos os meios ficcionais possíveis, enquanto seus adversários, travados por escrúpulos de realidade e lógica, observariam inermes a sua ascensão irresistível.
Todo o empreendimento desconstrucionista é, de fato, uma resposta prática ao apelo formulado pelo marxista húngaro Georg Lukacs, ao perceber que o grande obstáculo ao comunismo não era o poder econômico da burguesia, mas dois milênios de civilização judaico-cristã. "Quem nos livrará da civilização ocidental?", perguntava angustiado Lukacs. Quem logo se apresentou como primeirão da fila foi o nazista Martin Heidegger. Destruição – Destruktion – é a palavra-chave de tudo o que ele fez na vida: desde escrever e depois desescreverSer e Tempo até aplaudir a ascensão do Führer e recusar-se a esclarecer o assunto depois da II Guerra, deixando seus fãs numa dúvida perturbadora que dava à sua filosofia ainda maissex appeal. A essência da filosofia de Martin Heidegger consiste em abolir o Logos, o verbo divino que faz a ponte entre o pensamento humano e a realidade externa, e colocar em seu lugar a "vontade de poder" do Führer. Heidegger foi o primeiro herói da guerra contra o "logocentrismo". A convergência entre seus esforços filosóficos e os objetivos de Georg Lukacs foi o pacto Ribbentropp-Molotov da filosofia. Mas Heidegger, afinal, não criou como substitutivo para a civilização judaico-cristã nada além da filosofia de Martin Heidegger, que só serve para quem a entende. Derrida et caterva transmutaram essa filosofia num projeto acadêmico indefinidamente subsidiável e num movimento político do qual milhões podem participar sem entender coisa nenhuma do que estão fazendo. Tinha de ser mesmo um sucesso triunfal.
Ainda mais triunfal foi essa ascensão no Brasil, onde o temor reverencial à moda acadêmica francesa, o prestígio sacral dodiscurso incompreensível e a síntese de pedantismo e ignorância que constitui a forma mentis inconfundível da nossa classe universitária erigiram o desconstrucionismo num culto fanático que não apenas repele contestações mas nem mesmo admite a existência delas.
Um traço peculiar do desconstrucionismo, que no Brasil foi acentuado até suas últimas conseqüências, é que, ao negar a existência da verdade, ele não abdica de atacar a "mentira". Quando ele o faz perante um público que desconhece a nuance específica que o termo tem para um desconstrucionista, a platéia acredita que ele está defendendo a "verdade". Mas, no círculo interno, sabe-se que não existe verdade. "Mentira", pois, é apenas aquilo que se opõe à ficção preferida do grupo desconstrucionista, à sua "vontade de poder". Inversa e complementarmente, o termo "verdade", ao ser usado pelo desconstrucionista perante os leigos, significará para estes uma representação adequada da realidade comprovável, mas, entre os iniciados, sabe-se que isto não existe e que o emprego dotermo se destina apenas a explorar as ilusões do público para induzi-lo a submeter-se às ilusões e desejos do grupo ativista. Nesse sentido, pode-se e deve-se estigmatizar como "mentira" os fatos mais amplamente comprovados e impor como "verdade" qualquer mentirinha boba conscientemente inventada para vitaminar a "vontade de poder" do movimento.
Objetivamente falando, o valor inteiro do projeto desconstrucionista depende da premissa saussuriana de que o sentido de uma palavra é apenas a diferença entre ela e todas as outras. Essa premissa é falsa. Suponham a frase: "Jacques Derrida morreu." A diferença entre Jacques Derrida e todos os outros seres dotados de nomes humanos é a mesma quer ele esteja vivo ou morto. A diferença entre morrer e estar vivo, por sua vez, é a mesma quer você esteja vivo ou morto. Mas, se Jacques Derrida morreu, a diferença entre ele e todos os outros continua intacta, enquanto ele, o indivíduo Jacques Derrida, não será mais visto por aí dando palestras e encantando milhões de idiotas. Ou a expressão "Jacques Derrida" significa algo mais do que a diferença entre ela e todas as outras, ou tabnto faz Jacques Derrida estar morto ou vivo. Do mesmo modo, uma frase como "Não há mais comida" é a mesma – e suas diferenças em relação a todas as outras são as mesmas -- quer você a diga como puro exemplo verbal ou como expressão de um estado de fato. A diferença neste último caso está na presença ou ausência física de comida, que não é a mesma coisa que a "ausência do objeto" na mera formulação saussuriana dosignificado como diferença entre uma frase e todas as demais. Esta diferença é a mesma com comida ou sem comida. A falta de comida não é bem isso.
Reparando em detalhes como esse, o próprio Jacques Derrida foi obrigado a moderar as pretensões do seu método, reconhecendo a existência de "indesconstruíveis" e, no fim, admitindo que entre eles estava – que raiva, pô! – o próprioLogos. Desconstrua você o que desconstruir, estará sempre, pelo simples fato de pensar e falar, dentro de um quadro de referências balizado pelo Verbo Divino ou por seus reflexos na tradição metafísica. No fim das contas, a Destruktion, como o projeto nazista, pode destruir muitas coisas em torno, mas se destrói a si mesma – e àqueles que embarcaram na sua proposta – em escala infinitamente maior. Proclamando que a liberdade consiste em negar a verdade, o desconstrucionista só exerce sua liberdade de viver da ficção e sentir um gostinho de poder até o momento em que a morte substitui todas as ficções por uma verdade "indesconstruível" e a vontade de poder pela impotência definitiva dos cadáveres. Expressão modernizada da revolta gnóstica contra a estrutura da realidade, o projeto desconstrucionista está destinado ao fracasso, mas o fracasso cognitivo pode ser um sucesso político-social, na medida em que arraste na sua voragem milhões de idiotas hipnotizados pela atração do abismo.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Um discurso bem macho

Este capítulo que Yoani Sánchez escreveu (fotos abaixo) nos diz um pouco sobre a mentalidade de Fidel como estrategista de guerra e as medidas adotadas em Cuba para fortalecer a capacidade de resistência do povo, pelo reforço da masculinidade dos cubanos. Talvez isso pudesse parecer estranho se Fidel fosse diferente de outros ditadores, mas o pensamento dele é o pensamento padrão de um ditador como outros. Todos raciocinam em termos estratégicos, sempre. Tanto no ataque como na defesa. Foi com um pensamento estratégico assim que Fidel alfabetizou os seus soldados da revolução (fonte: https://www.youtube.com/watch?v=dPYe5R2b3HY). Ao contrário do que muitos de seus defensores acreditam, não era por bondade que ele fazia seus soldados lerem. Ele dizia que um exército de analfabetos é mais vulnerável que um exército de alfabetizados. Esse é o ponto.

O que eu acho curioso é que o pensamento contrário não é aceito pelos teóricos da teoria da conspiração (TTC), pois para eles tudo é TC, se não houver uma comprovação oficial e óbvia.  No caso do capítulo da famosa blogueira cubana Yoani (fotos abaixo), existe a descrição de um fato presenciado, portanto se dissermos que o estímulo à coragem/virilidade masculina é estratégia de guerra, ninguém vai negar. Mas se formos dizer que a mesma esquerda (os aliados de Fidel no Foro de SP) pode estar utilizando a via contrária do mesmo raciocínio, ou seja, feminilizando os homens para o enfraquecimento de uma sociedade que tenta subverter, isso já é TC. Aliás, para eles  a subversão é TC, afinal, Yuri Bezmenov, Pacepa e outros não passam de desconhecidos desertores do serviço de subversão russo e suas palavras não possuem o mesmo peso que as palavras da conhecida Yoani. E para eles, a KGB (e similares) é só uma agência de espionagem que limita suas esferas de atuação ao território russo. Aham.





Abaixo, um link que leva a um comentário do Pe. Paulo Ricardo a respeito da vulnerabilização da sociedade por via da emasculação dos nossos jovens. Com vocês, nosso querido Pe. Paulo Ricardo:



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Para entender melhor: sempre Bezmenov!


Tradutores de Direita: O Que é Marxismo Cultural?





segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Subversão e desinformação: instrumentos para a hegemonia

Um instrumento na batalha por hegemonia é a Teologia da Libertação. Uma invenção da KGB: http://tradutoresdedireita.org/teologia-da-libertacao-uma-ferramenta-do-kremlin/

E falando em Teologia da Libertação... Lula! http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2015/08/com-palavra-lula.html

A Teologia da Libertação e o Papa: http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/renuncia-do-papa/papa-francisco-e-a-reconciliacao-com-a-teologia-da-libertacao,eaed88c99cdef310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

http://brasil.elpais.com/brasil/2014/08/04/sociedad/1407181648_906668.html

Leonardo Boff (se não sabe quem é, dá uma olhada na Wikipedia) escreve:
https://leonardoboff.wordpress.com/2013/04/26/papa-francisco-e-a-teologia-da-libertacao/

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Dica de livro

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Para falar sobre subversão e desinformação, temos também o Yuri Bezmenov. Se vc ainda não viu esse vídeo, que sempre recomendo, não deixe de ver.





O projeto de poder da esquerda - mitos

Outra coisa difícil de fazer alguém entender é o tal projeto de poder. É complicado explicar que a esquerda é uma corrente organizada mundialmente (que tem suas divisões, mas que é unida num propósito) e que o Foro de São Paulo é uma expressão disso. É difícil também fazer as pessoas entenderem o que é esse Foro de São Paulo. Até mesmo esquerdistas atuantes, filiados a partidos ou militantes em movimentos sociais, desconhecem o nível de organização em que a esquerda se encontra. Existe um verdadeiro cenário inexistente em que a grande maioria acredita. E um cenário existente em que a grande maioria não acredita (porque não sabe ou porque não vê). E quando aparece alguém que olha por trás desse cenário e conta o que acontece, dizem que é teoria da conspiração. Mas sabe o que é conspiração, de verdade? Conspiração é isso:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLpLoSKSqjCl1u4O6XYK2hw5b5g-jsDe-N

E mais: conspiração é o Foro que te pariu...
http://www.midiasemmascara.org/mediawatch/noticiasfaltantes/foro-de-sao-paulo/14270-conspiracao-e-o-foro-que-te-pariu-o-minimo-que-voce-precisa-saber-sobre-o-foro-de-sao-paulo.html


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CONTROLE DE OPINIÃO - UM BOM EXEMPLO