segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Subversão e desinformação: instrumentos para a hegemonia

Um instrumento na batalha por hegemonia é a Teologia da Libertação. Uma invenção da KGB: http://tradutoresdedireita.org/teologia-da-libertacao-uma-ferramenta-do-kremlin/

E falando em Teologia da Libertação... Lula! http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2015/08/com-palavra-lula.html

A Teologia da Libertação e o Papa: http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/renuncia-do-papa/papa-francisco-e-a-reconciliacao-com-a-teologia-da-libertacao,eaed88c99cdef310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

http://brasil.elpais.com/brasil/2014/08/04/sociedad/1407181648_906668.html

Leonardo Boff (se não sabe quem é, dá uma olhada na Wikipedia) escreve:
https://leonardoboff.wordpress.com/2013/04/26/papa-francisco-e-a-teologia-da-libertacao/

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Dica de livro

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Para falar sobre subversão e desinformação, temos também o Yuri Bezmenov. Se vc ainda não viu esse vídeo, que sempre recomendo, não deixe de ver.





12 comentários:

  1. E eu precisei postar umas 50 vezes aqui no blog pra vc se interessar. Aff...

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  2. Bom, vc irá - quem sabe, provavelmente, quiçá, quizás - apreciar nossa comunicação. Pois estou APENAS no 8' e algo nele, em todo esse relato que vem, realmente me ACENDEU um profundo interesse - e algo que está ligado a uma coisa que me aconteceu hoje. Primeiro, o que despertou meu interesse imediato? O fato de ele admitir haver DESERTADO. Aqui há um aspecto realmente importante. Mas entendamos a deserção num sentido mais amplo: o da traição a algo fora de nós e a recusa a trair algo que está dentro de nós. Ele traiu um regime que em seu entender era abominável. Por outro lado, ele traiu não a si mesmo, ele foi fiel a suas convicções. E de onde vinham essas convicções? Bom, o pai dele era um patriota no sentido de servir - como soldado - seu país. Por outro lado, ele, o Bezmenov, era um cara bem tratado, bem cultivado, como por exemplo o Stanislavski, o diretor, que era filho de nobres (antes da Revolução de 1917). Nesse sentido, Bezmenov aprendeu de aqueles que tinham ideais de alguma forma nobres, de respeito, de dignidade, de respeito. Aviso que irei me estender MUITO, portanto tenho que ir em partes. Para fechar algo, e te deixar pensando, reveja e veja o que significa o conceito de traidor de classe que os marxistas utilizam para aqueles que, aceitando seu (deles) ideal, TRAEM seus ideais de classe social. Aviso que prezaria que vc não concluísse AINDA nada a respeito. Mas veja que em ambos os casos - os traidores de classe e os traidores de pátria como Bezmenov - a questão é justamente a de TRAIR algo fora de nós por algo DENTRO de nós.

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  3. Foquemo-nos por enquanto nele, Bezmenov (agora, B). B., em nome de seus ideais (que o regime apelidará de alguma coisa, no caso, o soviético), trai e deserta do seu país. Ocorre que, contrariamente a minhas expectativas, ele não deserta POR CAUSA DE IDEAIS que estariam sendo desrespeitados DENTRO do seu país, ou à sua família, ou a um grupo determinado de pessoas dentro de seu país. Ele deserta por algo que ele próprio denomina de "dupla lealdade", e que de fato é, na medida em que ele, esclarecido, RECONHECE no outro povo algum valor que ele considera, POR SEUS PRÓPRIOS VALORES, estar sendo vilipendiado. Isso para mim é interessante, especialmente hoje, em que todos parecem buscar suas origens. Ou seja, ele, diretamente, não deserta por VALORES DE CLASSE (como se ele tivesse feito parte de alguma classe que o regime soviético consideraria hostil a ele mesmo), mas por ver, com seus valores, o que o seu próprio país fazia a outra nação. Agora, vejamos. Formalmente, ele deve ter sido categorizado pelos soviéticos como traidor de classe. O que vemos que, diretamente, ele não foi. Por outro lado, ele cultiva valores que tanto vc, Raquel, quando eu temos. Ok. Que valores são esses? Imaginamos que sejam os de liberdade, igualdade e algo mais (fraternidade, quem sabe). Ocorre que a história da Índia mostra como se deu a derrota de OUTRO imperialismo - o inglês. Foi por meio de Gandhi, da via da não-violência. Seja como for, quais eram os métodos que os ingleses provavelmente usavam contra os indus? Provavelmente os mesmos, piores ou até melhores que os que os soviéticos usavam. Que é como, em geral, todo povo invasor ou imperialista faz com suas colônias - acabar com a cultura de lá. Mas foquemo-nos agora no chamado traidor de classe que o marxismo busca em cada um. O traidor de classe é o cara ou a mulher de pequena ou alta burguesia que percebe que o SISTEMA CAPITALISTA funciona, no fundo, para enriquecer uma minoria em detrimento de uma minoria. Quais são os chamados que os marxistas, nisso, utilizam para convencer os incautos? O ideal prioritário de igualdade. Eles não falam muito ou simplesmente recusam o ideal de liberdade. Por quê? Porque o sistema capitalista, em linhas gerais, se sustenta nele: o livre comércio, que para os marxistas não é livre coisíssima nenhuma.

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  4. O que temos então aqui? Um cara, B, que deserta de um país imperialista, num momento histórico específico, que desrespeita e achaca um país pelos qual ele se apaixonou - a Índia. O que temos em Gandhi, que derrotou os ingleses? Um cara de estrato inferior que se forma em advocacia na Europa, e que percebendo que seus serviços para os necessitados na Índia requereriam uma saída política, abandona tudo e passa a jogar sua vida literalmente na salvação da LIBERDADE de seu povo - que criou a Índia e o Paquistão (muçulmano, numa das maiores migrações forçadas da História). Um traiu um país (B), e outro, uma vida que lhe era reservada mas que passou a considerar falsa. Só vc lendo o que acontecia na Índia antes dos ingleses, em seu determinado contexto, para entender que estes ingleses, com seu livre comércio e até capitalismo, mas com certeza industrialismo, fizeram àquele povo. O que restou aos indus? A independência (que se fez em duas partes, para a Índia e para o Paquistão). Em ambos os casos, o que vemos? Ideais que na teoria são adequados tratados como mera desculpa para achacar uma nação, ou um povo. Em ambos os casos, vemos indivíduos (B e Gandhi) que TRAEM os supostos ideais de seus pares pela prática desses ideais. B virou desertor; G virou o líder que foi. O maior interesse que isso causa em mim tem a ver com o momento histórico que vivemos: em que cada um parece motivado a procurar suas origens, e em que estas origens podem estar em qualquer lugar, dado que hoje dá para achar tudo rapidamente, e por qualquer coisa se apaixonar (até pelo ISIS, valha-me Deus). Neste ponto da história, qualquer argumentação serve como meio de tentativa de convencimento em prol de ideais que são o quê? Ideais. Mas esses ideais têm consequências práticas. Ok. Mas na prática, o que temos? Regimes capitalistas cuja lógica é defendida por uns de uma outra e atacada por outros de outra, e um caldo cultural em que tudo, ao que parece, está em jogo. Mesmo e principalmente a identidade. Vc é mulher, então as feministas querem vc ao seu (delas) lado; eu sou homem, então sou atacado (muitas vezes a priori, sem se considerar minhas crenças, meus valores, ou mesmo minha prática). E por aí vai. Em que medida os imperialismos de hoje se aplicam a nossa vida? Na medida em que, em outros âmbitos, no político, ao que parece tudo é consequência deles. Se sou evangélico (não sou, não cheguei a tanto), assume-se que eu seja massa de manobra de bispos ou igrejas que defendem plataformas conservadoras; se sou artista, o inverso; se sou empresário, assume-se que sou opressor; se sou funcionário, oprimido; se sou homem, opressor; se sou mulher, oprimida. Em tudo, o que resta? Resta a busca de RAZÕES que me façam crer que minha luta é adequada, é a certa. Mas e se não ligo? Sou alienado (sendo que tanto direita quanto esquerda têm, cada uma à sua maneira, formas de conceitualizar essa suposta alienação). E em tudo o que nos resta? A possibilidade de tentarmos ver o que FAZ SENTIDO. Para resguardar nossa LIBERDADE e nossa busca por uma (diferenciada) IGUALDADE. B toca no desrespeito a um povo. Em que isso tudo tem a ver comigo? No fato de os espanhóis terem sido imperialistas destruidores na AL hispânica (os incas não destruíam as culturas locais), ao fato de a civilização ocidental ter feito o mesmo com as culturas autóctones no Brasil e ao fato de que hoje mesmo ganhei uma penca de livros sobre a Índia e a cultura milenar de lá, a que realmente parece que tudo descamba. Ou seja, tanto o teatro, a poesia, e mesmo a filosofia.

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  5. mas o mais interessante serão os paradoxos culturais resultantes. é hilário.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. espere a contextualização com a história de ontem (80s) e hoje (15s rs). https://pt.wikipedia.org/wiki/Yuri_Bezmenov

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  8. dá para escrever um livro só sobre isso, acredite. até mais

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  9. Estou esperando uns contatos, então continuo. Veja que ironia a de hoje. O B falou o que falou nos 80. Por quê a suposta novidade? Porque Soljenitzin falou o mesmo nos 60. E nos 80, no auge da Guerra Fria, havia a impressão de que isso havia acabado. Muito bem. Hoje, para vc, isso se torna público. Algum problema nisso? Nada. A questão é que hoje os problemas de fronteira da Rússia (não URSS) são similares, com uma diferença: a emergência dos Estados-Nação (ou das demandas por eles) por "minorias" étnicas. E mais: a intromissão do Ocidente no "Oriente do Petróleo" criando a situação insustentável do Iraque, da Síria e a emergência do ISIS. Nesse contexto, a Rússia continua a mesma, em suma, em termos de interesses geopolíticos. Ou vc se esquece da Chechênia, daquele massacre no ginásio poliesportivo? Ou todos os efeitos naquela região, inclusive aquele avião holandês que foi abatido por separatistas? As potências imperialistas, seja de direita, esquerda ou de qualquer outro matiz, sempre pensaram nisso: em dominar, subjugar culturas milenares que não tinham poder político para ficarem em paz, ou simplesmente dominarem territórios para os explorarem economicamente. Isso nunca mudou nem vai mudar. Ocorre que, nessa busca pelas origens, e porque todo o mundo está próximo de nós, parece hoje que cabe A CADA UM a busca por suas origens. Há quem busque a liberdade, outros a igualdade, outros ambos, outros fraternidade, etc. Sendo que a economia está por detrás disso. Vc ressalta o poder do marxismo para lavar mentes. Veja, Raquel, isso é destaque para vc que busca certos valores que considera inquestionáveis, vindo de onde vem (de uma família de classe média), enquanto outros, que não vêm dessas famílias, buscam valores até similares com outros matizes culturais. Mas vamos agora à questão das cotas e vitimismo e etc e tal, que não foram até agora citadas em B. Nessa busca pelo mundo ideal (que parece que virou um vírus), as pessoas veem-se em condições, pelo regime CAPITALISTA, que PERMITIU O ACÚMULO DE CAPITAL, e que portanto também criou condições para uma certa CULTURA DE ÓCIO (no que há uma suprema ironia contra os ditos marxistas), de buscarem SUAS ORIGENS. E onde essas origens ajudam essas pessoas? Essas origens ajudam-nas a protestarem com base em demandas históricas (algumas pré-históricas, quase) por direitos que teriam sido negados a seus ascendentes (pais, avôs, etc.). Onde isso surgiu? Surgiu no momento em que o Estado passou a levar a última instância o atendimento a demandas a que MINORIAS teriam direito. Ou seja, o regime CAPITALISTA e civilizado passou a dar direito a essas minorias ORGANIZADAS de terem BENEFÍCIOS retroativos a suas origens. Com base em quê? Em direitos individuais, em direitos de imagem, de sensibilidade, etc., de respeito. Ocorre que essas minorias pré-históricas a que essas minorias fazem jus obedeciam os atuais direitos (a animais, a velhos, a crianças, etc.)? Não necessariamente. Mas voltando à Rússia. Lá, neste mundo global, existem todas essas minorias. E a Rússia não é mais, oficialmente, socialista. Então, essas minorias também lutam por seus direitos. E como são tratadas? Da forma como vemos, restringindo seus direitos. Compreende que hoje virou todo um jogo de empurra-empurra entre grupos que demandam direitos em regimes que se diferenciam de cor, de matiz e de funcionamento macroeconômico, mas que, mutatis mutandis, comportam-se da mesma forma contra minorias até étnicas com as quais muitos, sustentados pelas benesses do CAPITALISMO, se identificam e que, com base nessa superação tática entre direita-esquerda, lhes permite solicitar DIREITOS? Corri ao escrever, mas só quis ressaltar os paradoxos.

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  10. Talvez tenha que corrigir o último texto, que fiz aqui, mas não posso agora. Chau. Há muito mais a dizer. Mas repare como tudo ficou complexo e ao mesmo tempo simples. O jogo não mudou, simplesmente a cultura agora funciona como peça de jogo no contexto interno, passando por cima de distinções socialismo-capitalismo, sendo que o jogo de poder permanece.

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  11. o penúltimo ficou muito desconjuntado. terei de reescrever, é muito complexo tudo, e só vai criar confusão depois, se vc comentar. espere pls

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