terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A GUERRA DA MODERNIDADE - REEDITADO III

O maior problema da humanidade, em termos políticos, é a ingenuidade. As pessoas não reconhecem os perigos que isso traz porque não vêem as coisas pelos parâmetros reais, desta forma são levadas a colaborar para sua própria destruição. Existe uma dificuldade em perceber a guerra política que existe, que atualmente se baseia em subversão e desinformação. Falta uma perspectiva histórica do passado. Falta a visão de que ainda estamos imersos nos mesmos processos que ocorrem há milênios. Que processos? O sonho do imperialismo. Lutas de poder, ao melhor estilo de Alexandre, o Grande. A diferença é que hoje os instrumentos são outros. Alexandre usava espadas e hoje usam-se mentiras, distorções, rotulagens, mkt, manipulações. A população precisa entender que a subversão é o grande instrumento de guerra da modernidade. Mas isso não é encarado como fato, é visto como teoria da conspiração - o que é um problema, pois a reação só acontece após a percepção do que ocorre. E é por isso que a ingenuidade política é uma arma de suicídio em massa. Lula/Maduro/Evo etc precisam ser vistos como os Alexandres da modernidade. Não em matéria de coragem e força física, mas em matéria de gana por poder e imperialismo.

Nesse caminho de entendimento, penso que a primeira barreira a derrubar é a visão ingênua de que todos os políticos são políticos normais e que aceitam as alternâncias da democracia. Não, muitos deles querem fazer como Fidel: ocupar o trono até o fim e quando ñ for mais possível, passar o cetro ao companheiro (de preferência, da família). É sempre questão de poder, o elemento precioso por que matam e morrem. Este texto se refere a essas pessoas.

Dentro desse problema (a ingenuidade política), há várias místicas a derrubar, além da falsa crença de que eles querem nosso bem e lutam em defesa dos povos e países. Outra crença muito ilusória e danosa a todos é a idéia de que é possível implantar na Terra um sistema colaborativo, igualitário e não baseado em lucro (sim, Comunismo). Surpreende-me a quantidade de pessoas que acreditam na dialética materialista e idéias como a mais-valia. Isso dá força a uma retórica anticapitalista que prega que o sistema que temos hoje é mau e pode ser substituído por outro modelo. É nesse jogo de afirmação de um outro sistema "possível" e negação do sistema atual que esses políticos acabam por desrespeitar as regras do jogo necessário da economia (das quais não se pode escapar), em um processo de negação que produz crises propositais para que todos acreditem que o capitalismo não dá certo, e para forçar o povo a clamar por mudanças. Enquanto boicotam o sistema que tanto odeiam, colocam todas as mazelas que produzem na conta do capitalismo. É com esse substrato que produzem artigos assim http://www.vermelho.org.br/noticia/129408-2. O resultado desse processo de negação capitalista é o nosso sofrimento. Um país mal gerido empobrece e as condições de vida pioram. É exatamente como ocorre no Brasil: cada vez mais nos endividamos e caminhamos para a miséria.

Outra mística a derrubar é a idéia rousseauniana, comumente aceita por esquerdistas, de que todo homem nasce bom e é corrompido pelo sistema. Esse é o pensamento básico que permite a idéia da igualdade: "se todos nascem iguais, devem viver em um mundo que oferece condições igualitárias de vida". E com base em tal idéia partem para o sonho de um sistema de igualdade artificial, que não poderia jamais existir. Rousseau devia estar louco quando escreveu suas teses. Disso nasce também a idéia de que a igualdade é justa. O que se ignora é que a idéia de justiça igualitária é muito mais complexa do que normalmente se tenta supor. Partindo da realidade de que as pessoas são diferentes, seus destinos e oportunidades acabam por ser ser invariavelmente diferentes, e isso não é injusto. É claro que muitas injustiças acontecem dentro desse processo que é dado pela natureza das coisas, mas é o que existe. Podemos procurar um meio de afastar as injustiças ao máximo, mas qualquer tentativa de se eliminar artificialmente inevitáveis desigualdades tende sempre a causar tenebrosas aberrações e problemas sociais.

Outra mística a desfazer é a crença de que as coisas acontecem de repente. Por exemplo, se um partido comunista assume o poder, imagina-se que tudo mudará de uma hora para outra mas não é assim que ocorre. É uma transição de décadas e inicialmente o capitalismo continua a vigorar sem alterações, até que vai se modificando aos poucos, com a mudança gradual das leis e instituições.

Também existe a falsa crença de que um partido comunista sempre anuncia a que veio. Poucos sabem o quanto é comum eles não dizerem o que são. Fidel não se dizia comunista quando assumiu o poder. Ele levou anos para revelar. Stalin e Hitler também. Mas aos poucos eles foram fazendo suas transições político-econômicas, num processo de décadas. 

Nada acontece de forma repentina, mas quem pensa que é assim é levado a acreditar que o PT é um partido traidor, que virou à direita. Não concebe a idéia de que o PT pode estar trabalhando para fazer do Brasil um país socialista nos moldes marxistas, com a abolição da propriedade privada. Há quem pense que isso é ridículo, algo que beira a teoria da conspiração, pois parte de paradigmas atuais, com base nas ações  e decisões que toma hoje, que são aparentemente pautadas em capitalismo. Poucos sabem que o que eles fazem é modificar lentamente o ambiente para que todos aceitem as mudanças sem traumas ou choque. É assim que sempre foi. Hitler não teria realizado o Holocausto se não fosse dessa forma.

Entendido, então, que é necessário desfazer muitas místicas e que vivemos uma guerra política por poder que faz muito mal à nossa sociedade e tenta modificá-la em um irresponsável processo de experimentação que nos torna cobaias de uma tragédia anunciada, é necessário entender os instrumentos que eles utilizam (desinformação + infiltração nas instituições [ex. Igreja Católica] + rotulagem etc = subversão) e como ocorre a evolução desse lento processo. É importante enxergar que os instrumentos não existem por acaso.

Dado a consciência de que há objetivos, instrumentos e uma evolução lenta e planejada dos acontecimentos, os exemplos devem ser observados. A população deve enxergar a subversão no dia-a-dia. Entender, p. ex., que a proposta curricular do BNCC é subversiva. Que a desmilitarização da PM também. Que o desarmamento também. O politicamente correto. A ideologia de gênero. Etc.

A população também deve enxergar o papel que a mídia tem nisso tudo. Entender e se questionar sobre coisas obviamente suspeitas que passam incólumes nas mentes dos que não abrem os olhos. É necessário perceber muita coisa. Perguntar-se, por exemplo, por que o Foro de São Paulo foi tão acobertado durante 2 décadas até vir à tona com um véu tão grande de despretensão? Já não é mais segredo mas as distorções ainda permanecem: a imagem que resplandece é a de que o FSP é um singelo foro de discussões para orientar as decisões dos partidos de esquerda na América Latina. Parece haver a regra de que a mentira sempre deve prevalecer.

Em resumo, não adianta falar do que acontece sem a desmistificação de diversas crenças sobre o ambiente político-econômico-cultural que vivemos. Em seguida, é necessário ter consciência dos objetivos, dos instrumentos e da forma de evolução de todo o processo. Esses são os parâmetros que é imprescindível enxergar para que os acontecimentos que vemos todos os dias sejam reconhecidos como evidências de toda a destruição que acontece diariamente diante dos nossos olhos.

Obs.:Tenho noção dessa perspectiva histórica porque estudei pelo currículo atual. Se eu apenas tivesse estudado africanidades e indianismos (refiro-me a isto https://www.youtube.com/watch?v=cnIoN1nK_m8&feature=youtu.be), não teria a perspectiva de que há um processo contínuo de busca por poder que vigora até hoje e não saberia o quanto isso é capaz de mudar o mundo, não teria noção dessa força transformadora. Não seria capaz de perceber a magnanimidade do processo. E "por acaso" querem tirar essa noção de nós, com esse golpe da BNCC no sistema educacional. Isso é um assassinato de perpectiva. É o caminho para uma cegueira cada vez maior, querem EMBURRECER o povo (além de empobrecê-lo com crises propositais). Isso é MUITO grave.
Lembremos que os povos indígenas da América foram conquistados porque não tinham consciência de guerra. Eram totalmente vulneráveis em tudo. Eram formiginhas que qualquer um esmaga ao dar um passo. É nisso que estão nos transformando.

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Hegemonia: uma estratégia de guerra
http://sovouseeufor.blogspot.com.br/2016/01/hegemonia.html

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