terça-feira, 20 de outubro de 2015

Denúncia ao MP - professor Mauro Iasi

No dia 07/06/2015, o professor (um professor!!!) Mauro Iasi fez um discurso de ódio em pleno 2 Congresso do Conlutas, em Sumaré-SP, quando citou um inocente poeminha de Brecht, falando em coisas como paredão, espingarda e uma boa cova. Isso está rendendo denúncias ao MP, eu já fiz a minha. Se você também é da opinião de que esse tipo de discurso é inadmissível e não deve passar incólume pela história do nosso país, denuncie você também. Abaixo disponibilizo o modelinho.

Vídeo do indivíduo... postagem de uma cidadã indignada como eu, que indicou o link para a denúncia ao MP.
https://www.facebook.com/mtvilela/videos/1482097305453367/?pnref=story

O link para a denúncia:
http://aplicativos.pgr.mpf.mp.br/ouvidoria/portal/index.html  

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Modelo:

Data 07/06/2015
Local: Sumaré-PS, 2 Congresso do Conlutas

Descrição da manifestação:
Incitação à violência praticada pelo professor Mauro Iasi no 2 congresso da Conlutas, ocorrido em junho deste ano. Está amplamente divulgado na internet o vídeo em que ele "declama" um poema de Bertold Brecht e diz, referindo-se aos conservadores, representantes da oposição ao seu partido: “nós estamos dispostos a oferecer para você o seguinte: um bom paredão, onde vamos colocá-lo na frente de uma boa espingarda, com uma boa bala, e vamos oferecer, depois de uma boa pá, uma boa cova”.

Solicitação:
Solicito providências do Ministério Público quanto à atitude de incitação à violência praticada pelo professor Mauro Iasi no 2 congresso da Conlutas, conforme descrição acima. É inadmissível que um professor universitário diga isso impunemente. Espero que o MP dê a devida importância a essa questão. Grata.



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Texto do Senso Incomum sobre a estupidez do professor
http://sensoincomum.org/2015/10/18/mauro-iasi-e-uma-sociedade-mais-justa/
 

10 comentários:

  1. Teria que ver o contexto, porque a incitação à violência remete ao contexto, sempre, mas realmente citar um trecho de Brecht sem contextualizá-lo (o alemão referia-se a coisas específicas de sua época) pode ser perigoso.

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  2. Tentaram usar a desculpa da contextualização, mas não "colou"... veja os comentários. Até eu fui lá. A sociedade aguentou calada por muito tempo, está na hora de responder.
    http://www.cafecomsociologia.com/2015/10/mauro-iasi-manipulacao-midiatica-e.html

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  3. Se eu disser agora, no lugar onde estou, ou com as pessoas com que convivo, "camaradas, às armas!", estou clamando por uma espécie de golpe de Estado?

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  4. Depende do contexto, é claro. Depende, inclusive, do público a quem vc estiver falando. Se for dito na qualidade de metáfora a amigos que vc sabe que conseguem entender metáforas, poderá não significar nada, ou ser apenas um comentário inconsequente de uma pessoa que acha que algo contundente precisa ser feito (não necessariamente pegar em armas). Mas se for dito a um público não intelectualizado, que reflete a média de uma população que em geral não sabe interpretar poesias, ironias e metáforas, em um congresso da Con*LUTAS *, essa fala pode assumir um outro significado. E não me diga que as pessoas que aplaudiram Mauro Iasi eram intelectuais, filósofos e literatos. Ele próprio demonstra não ser nada disso...

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  5. Não irei pesquisar sobre o ConLUTAS. Nem falemos do público presente, isso é argumento sem muito alcance. Avancemos mais. O chamado do professor, citando Brecht, pode ser considerado uma espécie de ofensa social se utilizado como chamado à desobediência civil. Se fosse assim, qualquer contestação à ordem estabelecida EM SEUS PARÂMETROS - por exemplo, o movimento sindical, desde seu nascimento -, poderia ser considerado um chamado à desobediência civil. Será que é o caso desse caso e de casos similares? Neste caso, atendo-me às frases ditas, ele claramente defende a violência. Sendo o Estado o detentor do monopólio da violência, é errado, claramente. Agora, o público: se a questão é chamar pessoas não esclarecidas a um linchamento real ou moral, é novamente errado. Mas e o contexto? Foi algo mais retórico ou foi realmente algo para acontecer? É estranho. Mas concordo com o fato de o chamamento ter caráter errado.

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  6. Avancemos? Seu questionamento se atém às intenções dele, no entendimento que ele tem das coisas. Não sei se ele contesta os parâmetros da ordem estabelecida, o que pra vc seria um chamado à desobediência civil e portanto a defesa da violência, em um primeiro aspecto. Também não sei se a fala foi retórica ou teve intenção real de chamar o público ao fuzilamento, mas a análise não se restringe a isso, porque até aqui estamos no âmbito da intenção. Quanto à questão de ele chamar pessoas não esclarecidas a um linchamento real ou moral, isso só pode ser avaliado pelo contexto da fala, ou seja, o momento, o local, o discurso e o público ouvinte (o que vc prefere desconsiderar, numa autofagia do seu próprio raciocínio).

    De uma forma mais abrangente, temos que analisar: a intenção de quem fala (no que vc se atém), os efeitos da mensagem no entendimento dos ouvintes e ainda a consciência do comunicador quanto às consequências de suas palavras (sua percepção e noção de responsabilidade).

    Devemos considerar que uma pessoa normal, ainda mais um professor universitário que já tentou ser Presidente, deve ter noção de conjunto. Em se tratando de uma pessoa que foi chamada para discursar em um congresso, devemos encará-lo como uma pessoa capaz e não um incapaz dotado apenas de intenções. Avaliemos, portanto, as circunstâncias de seu discurso e o alcance potencial de sua mensagem, além da simples intenção. Não podemos desconsiderar que ele "declamou" o poema em um congresso da Conlutas, a um grupo de entidades sindicais, movimentos populares e estudantis. E que ainda que seu discurso estivesse embebido da mais inocente licença poética literária, é evidente que o público, pelo perfil que conhecemos, visto se tratar de um congresso da Conlutas, recebeu a mensagem como uma incitação à violência, sim, efeito que certamente não era de desconhecimento do professor. A menos que se trate de um completo idiota, ele sabia o que falava, para quem falava e o efeito que sua fala teria. A questão, talvez, seja avaliar se ele é um completo idiota ou não.

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  7. Isso aqui acho que explica um pouco melhor.

    http://blogdaboitempo.com.br/2015/10/20/conjunturas-poemas-e-o-velho-odio-de-classe/

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  8. Vitor,
    A defesa do professor não poderia ser mais protocolar e previsível. Creio que vc não leu o que escrevi acima, ou não leu com muita atenção e não compreendeu. O professor se excusa com a desculpa do "não entenderam a metáfora", referindo-se exatamente a quê? A suas próprias intenções. Ainda se restringe a esse âmbito, o que eu critico acima. Mas ele mesmo se trai no texto que escreve:

    "Sou absolutamente contrário a explicar piadas, metáforas e poemas. Mas vivemos tempos sombrios, então vamos lá (e quando digo “tempos sombrios” estou fazendo uso de uma figura de linguagem, não ensaiando um comentário meteorológico)."

    Podemos concluir que ele sabe que nesses tempos "sombrios" as pessoas em média costumam não entender metáforas e, como ele mesmo diz em outro trecho, ironias. Então ele não poderia querer recitar um poema de Brecht, como o que ele "declamou", para um público pronto a entender suas palavras ao pé da letra, como todo povo costuma fazer. Claro que foi incitação à violência, ainda que na teoria fosse uma metáfora. É óbvio que a primeira coisa que pensei ao ver o vídeo foi: ah, é uma metáfora... mas a questão não se limita a isso, como já comentei acima. Por isso digo, não há desculpa.

    A propósito, esse texto que ele escreveu é tão cheio de mentiras (as mesmas de sempre que são propagadas pela esquerda brasileira e desinformados em geral) que merece uma postagem exclusiva. Qualquer dia, quem sabe, eu escreva comentando.

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  9. Hm. O q ee liberdade de expressao? O q ee chamamento aa responsabilidd?

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  10. Vc deve saber... aonde vc quer chegar?

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