domingo, 3 de março de 2019

Sobre presos, balé e cachos de uva

Como funciona um movimento?

Se prendessem hoje 200 soldados do PCC e Marcola mandasse todos falarem que a polícia os obrigou a dançar balé com um cacho de uva na cabeça, todos falariam a mesma coisa e os jornalistas do movimento (já colocados anos antes em postos importantes da imprensa) fariam grandes reportagens sobre como a polícia opressora age com presos, balés e cachos de uva. Escritores colocados estrategicamente em voga escreveriam livros sobre a "opressão policial", que acabariam parando em uma Bienal e seriam promovidos nos cadernos de cultura dos grandes jornais. Cineastas alçados à fama pela organização fariam filmes baseados nesses livros. Anos depois, alguns presos se tornariam atores; outros, jornalistas; outros, escritores e artistas plásticos. E todos contariam essa narrativa em suas artes, repetindo as mesmas histórias. Grandes exposições aconteceriam para lembrar ao povo as uvas nas cabeças, os pliês e os espacatos no tempo em a polícia malvada fez os guerreiros do movimento dançarem, pois eles só lutavam por paz, justiça, liberdade, igualdade e união (o lema do PCC é PJLIU). 

Obs.: Como é fácil perceber, essa é uma analogia que se refere ao trabalho que a esquerda fez na nossa cultura. E pra vc que acha que marxismo cultural é muito conspiracionismo, só um exemplo: a StB era o órgão da KGB responsável pelas ações de infiltração de agentes no Brasil e isso foi revelado em um livro escrito por pesquisadores que foram ao arquivo traduzir os documentos originais. O resultado do trabalho se chama “1964, O Elo Perdido”. Dê-se um presente ;)

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