Sua argumentação remete à reação da classe pensante predominante do começo do século XX a caras que desrepresentavam a realidade. No limite, essa reação - não a sua, claro - deu em movimentos puristas como o nazismo, que dizia que essas representações distorcidas do ser humano diziam respeito a doença e a depravação. Não que não o seja, até vejo algo de verdade nisso, e não gosto (mas meu gosto é meramente pessoal). Por outro lado, a desconsideração do bom gosto desconstrói sim imaginários sociais que até hoje são predominantes (e olha que aprecio e tendo cada vez mais a apreciar estes últimos, os mais quadradinhos) e que, segundo esses que desconstroem, promovem hipocrisia e imobilismo quanto a questões diversas (algo a respeito do que eu discordo veementemente).
Existe muito preconceito na visão "progressista" desses que desconstroem. As coisas existem em graus mas eles só demonstram enxergar o 8 ou o 80: o completo imobilismo, de um lado ou a completa desconstrução/reconstrução, de outro. Mas há imaginários que podemos querer preservar porque deles gostamos. Não há problema em se gostar de cenários e perspectivas que o passado nos traz, gosto este que pode coexistir com a apreciação do moderno e até do inexistente - a gente também ama inventar. Ridículo, mesmo, é o preconceito dos que dizem lutar contra o preconceito.
O maior problema, para mim, aqui, é colocar em ridículo o bom gosto.
ResponderExcluirO maior problema, para mim (ou um dos), é a proposital desconsideração e intencional desconstrução do bom gosto.
ResponderExcluirSua argumentação remete à reação da classe pensante predominante do começo do século XX a caras que desrepresentavam a realidade. No limite, essa reação - não a sua, claro - deu em movimentos puristas como o nazismo, que dizia que essas representações distorcidas do ser humano diziam respeito a doença e a depravação. Não que não o seja, até vejo algo de verdade nisso, e não gosto (mas meu gosto é meramente pessoal). Por outro lado, a desconsideração do bom gosto desconstrói sim imaginários sociais que até hoje são predominantes (e olha que aprecio e tendo cada vez mais a apreciar estes últimos, os mais quadradinhos) e que, segundo esses que desconstroem, promovem hipocrisia e imobilismo quanto a questões diversas (algo a respeito do que eu discordo veementemente).
ResponderExcluirExiste muito preconceito na visão "progressista" desses que desconstroem. As coisas existem em graus mas eles só demonstram enxergar o 8 ou o 80: o completo imobilismo, de um lado ou a completa desconstrução/reconstrução, de outro. Mas há imaginários que podemos querer preservar porque deles gostamos. Não há problema em se gostar de cenários e perspectivas que o passado nos traz, gosto este que pode coexistir com a apreciação do moderno e até do inexistente - a gente também ama inventar. Ridículo, mesmo, é o preconceito dos que dizem lutar contra o preconceito.
ResponderExcluir