Outro dia uma pessoa fez uma crítica à minha última postagem neste blog:
Eu fiquei então me perguntando se, ao dizer que se trata de um misticismo barato, ela estaria pensando que isso é alguma matéria de opinião da parte do autor do texto (euzinha) ou se ela estaria se referindo à ONU e aos criadores da Lucis Trust. Não sei a quem ela atribuiu o "misticismo barato" (geralmente essa pecha recai sobre quem denuncia a Nova Ordem Mundial) mas a crítica veio logo após a garota ter recebido o link em uma discussão por Twitter, o que denota que ela respondeu sem sequer dar-se ao trabalho de pesquisar o que é a Lucis Trust nem o porquê de sua criação. Ela também não entrou no site, não leu nenhum dos documentos disponibilizados lá, não visitou o canal da instituição no YouTube (e se visse talvez não fosse entender pois está em inglês, mas ainda assim poderia perceber os propósitos e o clima esotérico das produções só de olhar os vídeos) e nem ao menos seguiu o link deste blog ao fim da postagem para ter melhores explicações sobre o que é isso. A garota julgou sem ter a menor idéia do que estava julgando e, ao enxergar ilusoriamente um misticismo barato nessa matéria, comentou uma bobagem gigantesca, pois esta questão é extremamente profunda, por tratar-se de um processo que vem se construindo há séculos. O que ela comentou é algo de uma estupidez sem par, pois nada disso implica acreditar em algo mas sim observar e entender o que os outros pensam (e fazem) em nome de suas crenças. E "outros", aqui, não são quaisquer pessoas mas poderosos que há muito manipulam os rumos deste mundo. Esse "misticismo barato" está na origem de diversas sociedades como a Teosofia, A.A., O.T.O., Golden Dawn e outras - sem falar na Maçonaria, nos Shriners, na Skull and Bones etc. Tudo isso é muito imbricado e não surgiu por acaso nem são simples alucinações.
Bem... é nesses momentos que me lembro mais uma vez de Olavo, com suas críticas crônicas, justas e eternas a respeito do estado lastimável a que chegou a mentalidade dos nossos cidadãos. Há certos desvios no trato das informações que somente loucos deveriam cometer, mas nos tempos de hoje se tornaram regra. E o mais triste é que não há jeito para isso senão a longa e árdua via da reeducação. Mas como dizer a essa garota que ela enveredou pelo caminho da loucura? Como dizer a um louco que ele enlouqueceu? Será ele capaz de perceber? Uma pessoa que não enxerga o vermelho será capaz de perceber que não pode julgar o vermelho apenas com base em uma descrição feita por terceiros, sem jamais ter visto a cor com os próprios olhos? Pode um cego julgar uma forma que não viu? Mas pior que o cego que não enxerga é o cego que não enxerga que não enxerga. Quando o cego acredita que vê o que não vê, como dizer-lhe que ele não está vendo? É preciso retirar a venda para que ele perceba a diferença entre o ver e o não ver. Mas às vezes, somente ele pode se propor a isso, quando imerso em um reino onde todos à sua volta são igualmente cegos. Pois é esse o reino chamado Brasil.